O presidente francês, François Hollande, rejeitou as exigências de Bruxelas, afirmando que «a Comissão não nos diz o que temos de fazer. A sua missão é dizer simplesmente que a França deve restaurar as suas contas públicas», disse o chefe de Estado, dia 29, durante uma visita no sudoeste da França.

Hollande reagiu assim às pressões da Comissão Europeia para que o governo gaulês proceda a cortes no sistema de segurança social e a alterações na legislação laboral, em troca do adiamento por dois anos do período concedido para que o país reduza o défice público abaixo dos três por cento.

Apesar do tom inabitual, Hollande revelou que já tem uma proposta para alterar o sistema de pensões e reformas, a qual será tratada num espírito de «concertação, justiça e responsabilidade».

Já o ministro da Economia, Pierre Moscovici, considerou que as recomendações da Comissão «reforçam os projectos do Governo», no mercado de trabalho, na competitividade e nas reformas.