CDU reclama mais investimentos no concelho e na região

«Novo ciclo» na Chamusca

O concelho da Chamusca situa-se no «coração» do Ribatejo, onde o Rio Tejo «impera» e caracteriza toda aquela região. A pouco mais de um mês das próximas eleições autárquicas, que se realizam no dia 29 de Setembro, fomos conhecer, um pouco melhor, aquela terra, de fortes tradições, onde a CDU, ao longo dos sucessivos mandatos, tem trabalhado em prol da qualidade de vida das pessoas. Falámos com Francisco Matias, vereador na autarquia e cabeça de lista à Câmara Municipal da Chamusca. Ao Avante! falou-nos de um «novo ciclo» que se avizinha, sem deixar cair no esquecimento a experiência, com provas dadas, da gestão do concelho, tanto nos momentos mais fáceis como nos mais difíceis.

Passámos por uma situação financeira complicada, que hoje está equilibrada

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Ao longo destes mais de 30 anos, fruto do trabalho desenvolvido pelo Poder Local democrático, com a CDU à frente dos destinos do município, muito se alterou neste concelho da Chamusca. «Este era um concelho ligado à agricultura e muito dependente da grande propriedade», recordou Francisco Matias, dando a conhecer que quando se realizaram as primeiras eleições autárquicas, em 1979, existia apenas «uma rua asfaltada sem contar com a Estrada Nacional que ia até à porta do antigo presidente da Câmara, que o abastecimento de água era feito através de fontanários, sendo este muito restrito, que a energia eléctrica era uma miragem, que, em termos de acessos, havia populações completamente isoladas e que as escolas eram quase inexistentes».

Quando quase nada existia, «foram então definidas uma série de prioridades, que passaram pelas grandes infra-estruturas». «Neste momento, na questão das águas, por exemplo, já estamos na remodelação dos sistemas, através das Águas do Ribatejo, empresa totalmente pública e intermunicipal. Nos esgotos, vamos ficar com praticamente 95 por cento do concelho coberto», informou o vereador, que não esqueceu outras grandes realizações como os centros de dia, que antes do 25 de Abril eram inexistentes, os polidesportivos, os campos de futebol, a piscina e a biblioteca municipal, a primeira da rede pública a nível nacional.

No apoio à actividade económica, outros dos feitos conseguidos, nos anos 80 e 90, foi «construir boas acessibilidades no interior do concelho, onde a floresta tem um peso determinante». «Quem passa pela Chamusca só vê a Lezíria, mas, no interior do concelho, a floresta é a actividade que ainda mantém a população com algum nível de rendimento», salientou Francisco Matias.

Força da luta

Mas se muitas coisas evoluíram, com o Poder Local democrático, outras houve, da responsabilidade do Poder Central, que regrediram, como a Saúde. «Só pela força da luta é que os serviços de saúde não desapareceram completamente. Se tal acontecesse, as pessoas teriam que se deslocar mais de 30 quilómetros para ter uma simples consulta de família», alertou o candidato, explicando que a Câmara Municipal, ao longo dos anos, construiu «um posto de saúde não apenas nas freguesias, mas em todas as localidades». A autarquia teve ainda uma forte intervenção na área cultural, que na altura do fascismo «era inexistente, tirando uma ou outra actividade aqui na Vila».

Reportando-se para o presente, Francisco Matias acrescentou: «Passámos por uma situação financeira complicada, que hoje está equilibrada, mas uma coisa que nunca deixámos de fazer foi apoiar o movimento associativo. Sabemos que outras câmaras não o fizeram, cortaram simplesmente os apoios. Nós sacrificámos outras coisas, mas mantivemos esse apoio.»

Portanto, disse ainda, «foi uma viragem de 180 graus, embora haja uma geração que não conheceu as dificuldades que existiram».


Governos travam desenvolvimento económico

Neste ciclo de 33 anos, outra das áreas que a CDU procurou «trilhar» foi o desenvolvimento económico, assumindo a autarquia, desde sempre, um papel de «agente facilitador da instalação de empresas». «Para nós, as empresas não são só indústrias. Também incentivamos a micro-economia», sublinhou Francisco Matias, informando – não sendo esta uma responsabilidade da Câmara Municipal, antes de quem nos tem governado nos últimos anos (PS, PSD e CDS) que o nível de desemprego no concelho está acima da média nacional.

No entanto, existem indicadores que têm regredido. «Temos um projecto, na área industrial, do tratamento de resíduos, que, de há dez anos para cá, já criou cerca de 400 postos de trabalho, o que para um concelho com esta estrutura é, de facto, bastante importante», valorizou o candidato.

«Depois, temos ainda uma reserva de água de grande qualidade, existindo aqui uma empresa que é um dos maiores fornecedores do País, com cerca de 70 por cento da cota de mercado. Este também pode ser um motivo de investimento no concelho», acrescentou, valorizando, por outro lado, o investimento feito pela autarquia nas zonas ribeirinhas, que também pode ser aproveitado pelos privados.

Um dos entraves para que outras empresas se instalem neste concelho são as acessibilidades externas, até porque a Estrada Nacional 118 não dá vazão aos cerca de oito mil veículos, a maior parte deles pesados, que todos os dias passam pela Chamusca. «Há uma necessidade evidente de encontrarmos uma solução para este problema», que tem que ser resolvido pelo Governo, salientou Francisco Matias.

Continuar a trabalhar

Pela parte da CDU fica o compromisso de tudo fazer para continuar o trabalho desenvolvido pelos anteriores executivos nesta área. «Os licenciamentos têm que ser mais rápidos e prometemos acompanhar os projectos de iniciativa privada do início ao fim. Queremos, por isso, criar um gabinete para a área do desenvolvimento e da cooperação, de forma a criar uma estrutura técnica que possa dar resposta a este tipo de relações e de intervenções», anunciou o candidato à Câmara Municipal, revelando outra área de intervenção que passa por uma «nova utilização do território», sobretudo na pecuária extensiva e na exploração das grandes propriedades.

Paralelamente, pretende-se dar um «novo impulso» à sustentabilidade social do concelho. «O que propomos fazer, já que temos essa experiência, é trabalhar com todos e para todos. Há equipamentos que têm que ser concluídos, nomeadamente os lares para idosos. Queremos fechar este processo para termos a rede completa», precisou o actual vereador na autarquia.

Também a gestão financeira será uma prioridade. Para que tal aconteça, a CDU pretende descentralizar competências para as juntas de freguesia do concelho, com, naturalmente, os respectivos meios financeiros. «Há actividades que nós [Câmara] fazemos e que serão, no futuro, realizadas pelas juntas de freguesia», explicou.

Agravamento da austeridade

Ao Avante!, Francisco Matias confessou, no entanto, estar muito preocupado com a austeridade imposta pelos sucessivos governos aos que menos têm e às autarquias com menores riquezas, como é o caso da Chamusca. «A partir de 2014 vai ser ainda pior», alertou, frisando, no entanto, que a CDU estará preparada, sendo necessário continuar a equilibrar financeiramente as contas da Câmara Municipal. «Somos um território do interior, a maior parte da nossa população é idosa, portanto, não temos receitas próprias que façam a sustentabilidade do município», afirmou, dando a conhecer que a autarquia depende 86 por cento do Orçamento do Estado e que, nos últimos anos, foram cortadas cerca de 25 por cento do total das receitas que recebiam no final dos anos 80. Ainda assim, sublinhou o candidato, «hoje damos respostas, por exemplo, na área da educação que não dávamos».


Encontrar soluções

Sobre os últimos quatro anos, Francisco Matias qualificou-os como uma «experiência dolorosa», uma vez que os eleitos do PS não quiseram encontrar soluções de entendimento, em diversas áreas com a CDU. «Perdemos tempo», afirmou, salientando a necessidade de reforço da votação na Coligação entre o PCP, «Os Verdes» e os independentes, de forma a «podermos desenvolver este projecto».

Parte fundamental neste processo são os trabalhadores, aos quais a CDU promete «dar-lhes condições de trabalho mais eficientes». «Temos uma série de equipamentos obsoletos e serviços que têm que ser reorganizados, para que os trabalhadores se sintam valorizados. Eles são indispensáveis ao sucesso do trabalho que a CDU tem vindo a realizar para as populações», afirmou o candidato à Câmara Municipal da Chamusca.

Palavras que se dirigiram, ainda, aos munícipes: «já nos conhecem, sabem que nós somos fiáveis, que as coisas não se agarram às nossas mãos, que estamos sempre disponíveis para encontrar soluções para trabalhar seja com quem for. Não vamos prometer nada que não vamos fazer.»



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Francisco Matias e Carlos Coutinho, cabeças de lista da CDU às câmaras municipais da Chamusca e de Benavente, respectivamente, explicaram como estes concelhos se transformaram, em pouco mais de 30 anos; falaram dos principais problemas que afectam a vida das pessoas e perspectivaram como poderá vir a ser o futuro do Poder Local. O panorama não é animador, tendo em conta o que se perspectiva na nova Lei das Finanças Locais. A não ser que seja derrotada a política de direita prosseguida por PS, PSD e CDS, e que a mesma seja substituída por uma política patriótica e de esquerda.

Mas se a CDU, nos órgãos autárquicos onde exerce o poder, tem como objectivo o seu reforço eleitoral, em todos os outros existe a ambição de protagonizar uma mudança radical. É disso exemplo o concelho de Loures: «As pessoas estão bem conscientes da profunda degradação e do descalabro da gestão PS, e sabem que para mudar só contam com a CDU», afirmou, ao Órgão Central do PCP, Bernardino Soares, cabeça de lista à Câmara Municipal.

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