Chegou ao grupo parlamentar do PCP a denúncia da exploração a que foi submetido um conjunto de trabalhadores contratados através de uma agência inglesa instalada no Estoril. Os trabalhadores foram aliciados por salários elevados, apesar de terem jornadas laborais de 12 horas, sem período de descanso semanal, numa obra em Birmingham. Quando foi solicitada a intervenção dos serviços consulares, os trabalhadores referem que o apoio se limitou à tradução das negociações com o empregador. Depois disto, 29 trabalhadores fizeram um acordo e regressaram a Portugal; outros mantiveram-se na obra, com a promessa de melhores condições laborais, mas acabariam por não ver cumprido o acordo, recebendo apenas parte do que lhes era devido. O PCP questionou o Governo acerca desta situação, reveladora de uma prática cada vez mais generalizada na Europa, pretendendo saber se este já levou a cabo alguma iniciativa, em articulação com as autoridades inglesas, para que a agência e a empresa envolvidas no caso sejam punidas.