Monforte e Cuba

Desenvolvimento económico

Gonçalo Lagem, recém eleito presidente da Câmara de Monforte, traçou, segunda-feira, como prioridade do mandato a alteração do Plano Director Municipal (PDM), considerando ser «vital» para o desenvolvimento daquele concelho alentejano.

«A alteração do PDM é vital e temos de finalizar o processo. Há investimentos, a nível turístico, que estão pendurados à espera que o Plano seja alterado e definitivamente publicado», justificou o autarca em declarações à Lusa, considerando ainda urgente a construção de um lar na Freguesia de Santo Aleixo e de um refeitório escolar na Freguesia de Vaiamonte, bem como a requalificação da estrada que liga o Itinerário Principal 2 à Aldeia de Assumar. Para a CDU, a requalificação do loteamento do Tapadão, em Monforte, é outro dos objectivos.

Programa de emergência

Em Cuba, o presidente eleito da Câmara Municipal, João Português, traçou como prioridade o lançamento de um programa de emergência social para apoiar as famílias carenciadas do concelho. Neste período de crise, «o concelho de Cuba não foge à regra nacional e apresenta grandes problemas sociais, com muitas famílias em processo de exclusão social», salientou, também em declarações à Lusa, o autarca de 41 anos que, nas últimas eleições reconquistou, após 16 anos, a Câmara de Cuba para a CDU.

Segundo João Português, a «principal preocupação» do novo executivo autárquico é o desenvolvimento social, sobretudo o lançamento de um programa de emergência social para apoiar famílias carenciadas do concelho nas áreas de habitação, carência alimentar, cuidados de saúde e educação de crianças e jovens.

«Em termos de prioridades, vamos também fazer uma análise exaustiva do estado actual da Câmara em áreas que nos preocupam», como a financeira, a qual «apresenta debilidades e pode criar problemas em termos de gestão», indicou.

Situação delicada

A dívida da Câmara de Cuba «ronda os 3,5 milhões de euros», o que configura «uma situação delicada para um município pequeno, com poucas receitas próprias e devido aos cortes que se avizinham ao nível das transferências do Orçamento do Estado», frisou João Português, sublinhando que a gestão do PS teve «dificuldades no cumprimento do endividamento nos últimos dois anos» e o novo executivo CDU quer saber «qual é o valor efectivo da dívida», a qual quer reduzir.

Actualmente, segundo João Português, a Câmara tem uma despesa mensal de «50 mil euros» para pagamento de dívidas, o que é «avultado». «A confirmarem-se cortes entre os 19,5 e os 26,5 por cento nas transferências do Orçamento do Estado, vamos ficar numa situação ainda mais delicada e vai ser um mandato difícil», admitiu.

O autarca traçou também como prioridade o desenvolvimento económico do concelho, designadamente através da «dinamização» do Parque Empresarial de Cuba e da criação de um sistema de incentivos à fixação de empresas, sobretudo de unidades industriais vocacionadas para a agro-indústria e o agro-turismo.




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