- Nº 2083 (2013/10/31)
Moçambique

Confrontos prosseguem

Internacional

Homens armados atacaram, na manhã de anteontem, uma coluna de viaturas de passageiros escoltada por militares na província de Sofala, no centro de Moçambique. De acordo com a radioemissora pública, o motorista de um dos autocarros morreu e uma dezena de passageiros sofreu ferimentos ligeiros.

Embora a Resistência Nacional Moçambicana (Renamo) não tenha reivindicado a acção, ela está a ser atribuída a ex-combatentes da organização, que segunda-feira foi desalojada pelas forças armadas moçambicanas de uma antiga base em Maríngué, na mesma região.

O exército confirma a ocupação das instalações e os combates ocorridos, e justifica o assalto com a necessidade de desmantelar um ponto de apoio a partir do qual vinham sendo lançados ataques contra veículos militares e civis que circulam na principal estrada do país.

Na segunda-feira, uma semana depois do líder da Renamo, Afonso Dhlakama, ter sido expulso do quartel de Satungira, o presidente Armando Guebuza reiterou que a resposta das autoridades está de acordo com a ordem constitucional, lembrando que os guardas de Dhlakama passaram de seguranças do líder «a instrumento de chantagem contra o Estado». Em nota enviada à Lusa, Guebuza qualificou ainda os actos de terroristas e considerou que «testam a nossa firmeza na defesa da Paz».

Também na segunda-feira, a Renamo não compareceu a uma ronda negocial agendada entre as partes, argumentando que só o fará na presença de facilitadores e observadores.