Organização da Covilhã realizou 10.ª assembleia

Recrutar, estruturar, intervir

Com a presença de meia centena de militantes, realizou-se no dia 25 de Janeiro a 10.ª Assembleia da Organização Concelhia da Covilhã do PCP. O lema escolhido, «Reforçar o PCP – Lutar e Defender os Valores de Abril», indiciava desde logo as prioridades: o fortalecimento orgânico, político e social do Partido, o desenvolvimento da luta de massas e a afirmação da alternativa política patriótica e de esquerda.

No que respeita ao reforço do Partido, a assembleia procurou desenvolver alguns dos pontos constantes da resolução aprovada pelo Comité Central a 16 de Dezembro – «Mais organização, mais intervenção, maior influência – um PCP mais forte» –, nomeadamente os relativos ao recrutamento de novos militantes e à estruturação da organização partidária. Na intervenção inicial, o responsável pela organização, Vítor Reis Silva, realçou que o «contacto com os militantes para a entrega do novo cartão e para a actualização dos dados é uma excelente oportunidade de concretização» destes objectivos. Com o contributo dos militantes contactados espera-se conseguir identificar potenciais recrutamentos para o Partido.

Para dar cumprimento a outra orientação expressa na resolução do CC – a estruturação da organização partidária –, a assembleia decidiu trabalhar para a criação de algumas comissões de freguesia hoje inexistentes: Cidade e Canhoso, Cantar Galo e Vila de Carvalho, Ferro, Casegas e Ourondo, Paul, Unhais da Serra, Teixoso e Corda do Rio (Dominguiso, Vales do Rio, Barco, Peso e Coutada). Este objectivo, lembrou o responsável, implica a distribuição de responsabilidades pelos membros da Comissão Concelhia eleita, assim como uma «maior disponibilidade dos camaradas residentes naquelas localidades». Assegurar o funcionamento regular no organismo dos reformados e pensionistas e criar organismos de eleitos locais são outras prioridades definidas, a par do aumento da venda da imprensa do Partido, o Avante! e O Militante.

A assembleia procurou, ainda, caracterizar o concelho para melhor intervir. Apesar de se encontrar em quebra constante desde 2006, o emprego na indústria transformadora, sobretudo no sector têxtil, representa ainda 26,5 por cento do total. O sector primário, mesmo tendo em conta a desertificação do mundo rural, mantém uma relevante importância social e económica. No que concerne ao turismo, o PCP considera um «erro crasso» a concessão a uma única empresa da exploração turística da Serra da Estrela, na cota acima dos 800 metros.

A Comissão Concelhia eleita é composta por 20 elementos, seis dos quais não integravam a direcção anterior. Tem 25 por cento de mulheres, 35 por cento de reformados e 40 por cento de operários. Patrícia Machado, da Comissão Política, encerrou os trabalhos com uma intervenção em que sublinhou as tarefas principais que estão hoje colocadas aos comunistas.



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