O PR fugiu

«O Presidente da República tem medo dos trabalhadores», protestou a União dos Sindicatos de Aveiro. Numa nota que divulgou anteontem, a USA/CGTP-IN relata que na véspera, dia 10 de Março, o PR «fugiu dos trabalhadores em protesto e, mesmo com um inexplicável aparato policial, entrou na fábrica da Nestlé, em Avanca, evitando a passagem pelos manifestantes, recorrendo a uma entrada alternativa».

A União interroga se «o medo do Presidente tem a ver com a sua responsabilidade pela manutenção de um Governo que continua a aplicar políticas de exploração e empobrecimento e de regressão económica e social» ou se será porque o PR «tem estado sempre ao lado dos grandes grupos económicos e financeiros e contra a esmagadora maioria dos portugueses, ao promulgar leis que aumentam a exploração e o empobrecimento dos que vivem e trabalham em Portugal».

Cavaco Silva já tinha sido recebido com protestos de dirigentes e delegados sindicais e de outros trabalhadores, no dia 7, sexta-feira, quando se deslocou a Silves.

O PR mereceu críticas de Arménio Carlos, no dia 8, sábado, em Lisboa. «Não se compreende porque é que o Governo continua a governar e o Presidente da República continua a dar o seu agrément à manutenção deste Governo, quando sabe que só vai acentuar as políticas de desastre», disse o Secretário-geral da CGTP-IN à agência Lusa, na Praça Luís de Camões, no final da Estafeta pela Igualdade.




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