Espaço sempre muito concorrido e animado é o «Matraquilhómetro». É de matraquilhos que falamos, pois claro, esse popular jogo – quem não o jogou? - praticado por gente de todas as idades, com lugar já cativo na Festa.

Esta é uma modalidade em franca progressão, que deu um salto sobretudo nos últimos três, quatro anos, como aliás se atesta pela conquista de lugares cimeiros nas competições internacionais.

A subida ao pódio em Dezembro de 2013, em Nantes, França, de quatro jovens portugueses como «Vice-campeões do Mundo» e como «Campeões do Mundo em dupla», em juniores, são os mais recentes exemplos dessa evolução por que passa a modalidade, que «exige treino, capacidade física e muito estudo», como nos disse José Duarte, presidente da Associação de Matraquilhos do Distrito de Setúbal (associação que detém o título de Campeã Nacional de Selecção).

Longe vão os tempos em que este era apenas um simples jogo popular, presença obrigatória em colectividades, tabernas e cafés. Sem perder essa cunho popular e as suas raízes, rasgou horizontes e hoje afirma-se como modalidade desportiva, federada, que se alarga e conquista adeptos.

Os três torneios realizados na edição deste ano (juniores, seniores e femininos), muito participados e competitivos, tiveram entretanto a particularidade de se reger segundo as novas regras que simplificam a jogabilidade e que foram aprovadas em Congresso realizado em Abril deste ano, em Lisboa, com a presença de 60 países, revelou ao nosso jornal Vítor Fonseca, seleccionador nacional da modalidade em todos os escalões.

Confiantes no bom desempenho dos nossos atletas e no futuro da modalidade, os nossos interlocutores, um e outro, partilham igualmente de uma outra certeza: a presença dos matraquilhos na Festa é uma «extraordinária montra para a sua divulgação, sobretudo junto da malta nova».