Colocação de professores nas escolas

Desprezo pela vida das pessoas

O PCP acusou o ministro Crato de ter mentido no inenarrável processo da colocação de professores, defendendo que a situação criada é o «exemplo acabado da degradação política a que este Governo chegou».

Governo revelou desprezo total pela vida de milhares de professores

A avaliação é da deputada comunista Rita Rato que considerou mesmo ser este caso a prova de que por «cada dia a mais deste Governo é um dia a menos para o País e para a Escola Pública».

A parlamentar do PCP falava, dia 8, no debate de actualidade agendado pelo Partido Ecologista «Os Verdes», subordinado à situação da colocação de professores nas escolas, onde o ministro da Educação esteve sob fogo cerrado das oposições.

«Estes erros são indesculpáveis, hoje o País pede que o Governo assuma o mínimo que tem de assumir, indemnize os professores lesados e divulgue as listas de colocação», exigiu a deputada ecologista Heloísa Apolónia, sustentando que o País «precisa de um método estável de colocação de professores».

Rita Rato, por seu lado, depois de confrontar o ministro com várias afirmações por estes proferidas relativamente ao «problema gravíssimo» que criara, acusou-o de mentir – «a todos, aos professores, aos pais, às escolas, ao País», frisou –, e de ter dado na sexta-feira anterior «ordem de despedimento a todos os professores que disse que manteria nas escolas».

Uma decisão que qualificou de «inaceitável» e que em sua opinião representa um «desprezo brutal pela vida de milhares de professores, que tiveram de palmilhar o País, com a casa e os filhos às costas».

Especificando, referiu que há professores de Bragança que foram colocados em Aljustrel, e que na véspera daquele debate já estavam em Loures.

E reiterou que os professores não estão a mais na Escola Pública. «Quem está a mais é o ministro e a sua política de desmantelamento», enfatizou.

Salientado pela parlamentar comunista foi ainda o facto de, à data do debate, milhares de alunos continuarem sem aulas por ausência de professor, muitas escolas continuarem sem condições de funcionamento, em número que não é residual, como quer fazer crer o ministro.

Para Rita Rato o problema não é de «incompetência», pois se assim fosse já o Ministério o teria resolvido. A questão é de vontade política. E essa, acusou, é a de «despedir professores, tal como foi acordado com a troika», quando a questão, para o PCP, só se resolve «suprindo as necessidades permanentes através da integração e vinculação dos professores nos quadros».

 



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