As lutas em curso contribuem para fazer do Dia Nacional de Indignação, Acção e Luta do próximo dia 13 de Novembro uma grande jornada e, simultaneamente, ponto de passagem na mobilização para a marcha a realizar aquando da discussão do Orçamento do Estado (OE) para 2015.
Na preparação, mobilização e esclarecimento para a iniciativa convocada pela CGTP-IN em defesa do aumento dos salários, do emprego e do combate à precariedade, da reposição dos direitos e rendimentos roubados, da contratação colectiva e dos serviços públicos, todas as acções contam. O dia 13 de Novembro, que a central agendou para contestar, igualmente, as privatizações e reivindicar a recuperação para a esfera pública das empresas e sectores estratégicos, e que pretende que seja prioritariamente concentrado nas empresas e locais de trabalho, será, ao mesmo tempo, um ponto de passagem da luta que prossegue, na segunda quinzena de Novembro, com uma marcha a realizar aquando da discussão do OE para 2015, mas cuja data e figurino estão ainda por definir.
Até lá, no entanto, é necessário fazer convergir protestos e reivindicações, a começar com a dinamização e valorização da manifestação nacional convocada pelos sindicatos da administração pública para o próximo dia 31.
No último dia de Outubro, às 15h00, entre o Marquês de Pombal e a Assembleia da República, os trabalhadores do Estado ao nível central e local vão trazer para a rua a necessidade de aumentar os salários em 3,7 por cento num mínimo de 50 euros; repor as 35 horas, devolver os rendimentos roubados e defender os serviços públicos e as funções sociais do Estado; travar os despedimentos encapotados de «rescisões amigáveis, a precariedade, o recurso aos contratos emprego-inserção e responder às carências de pessoal; entre outras peças da ofensiva governamental que têm merecido amplo repúdio.
A contribuir para o reforço das jornadas convocadas pela Inter para Novembro, estão também outras lutas. Para além daquelas que destacamos nesta página e nas páginas 5 e 32, serve de exemplo a semana nacional convocada no sector das cantinas, refeitórios e bares concessionados pelo Sindicato da Hotelaria do Centro.
Entre os dias 13 e 17, a estrutura sindical tem marcadas acções de contacto com trabalhadores, utentes e clientes em escolas, fábricas, hospitais e outros. Semana de luta que, enfatizando «a grave situação por que passam os trabalhadores deste sector com o congelamento dos salários desde 2010, a retirada de direitos por via do incumprimento do contrato colectivo, os aumentos de ritmos de trabalho e diminuição de efectivos», termina, amanhã, com concentrações de trabalhadores, dirigentes, delegados e activistas sindicais à porta das empresas privadas Gertal e Itau.