É «um cambalacho feito secretamente entre o Governo e a Santa Casa do Fundão, nas costas dos eleitos autárquicos, da administração do Centro Hospitalar da Cova da Beira e das populações», acusou a União dos Sindicatos de Castelo Branco, a propósito da notícia de que o Hospital do Fundão iria ser dado à Santa Casa da Misericórdia daquele concelho. A estrutura distrital da CGTP-IN, numa nota de imprensa de dia 19, considerou «absolutamente falso» falar-se em «devolver» o hospital à Santa Casa, porque «do que se trata é da entrega (oferecer/dar) aos privados de um hospital com novas instalações, construído e apetrechado recentemente», além de que o Centro Hospitalar da Cova da Beira «fez sempre obras de melhoria e manutenção das antigas instalações e ainda hoje paga uma renda pela sua utilização». «A entrega dos hospitais às misericórdias é voltar ao tempo do fascismo, em que a prestação de cuidados de saúde horríveis e de má qualidade estava nas mãos destas entidades» e «foi o SNS público e universal - conquista do 25 de Abril - que garantiu cuidados de saúde de qualidade e a todos, independentemente da sua condição económica e social».