Hotelaria da Madeira pode parar
O Sindicato dos Trabalhadores da Hotelaria da Madeira confirmou no sábado, 27, que mantém a convocação da greve para hoje, amanhã e quinta-feira, dia 1.
Em conferência de imprensa, Leonel Nunes reafirmou a disponibilidade dos representantes dos trabalhadores para avançar na negociação, mas criticou a postura da associação patronal e do Governo Regional. Até ao momento, protestou o dirigente do sindicato da Fesaht/CGTP-IN, «não houve qualquer interesse por parte dos patrões e das secretarias regionais do Turismo ou dos Recursos Humanos para se sentarem, para se entenderem e tentarem ultrapassar um problema que pode ser, no futuro, o fim da galinha dos ovos de ouro na região». As negociações decorrem há um ano, mas «a resposta dos patrões aos trabalhadores, que estão sem aumentos salariais há dois anos, foi um acréscimo salarial de zero», a par de alterações no clausulado que denotam a intenção de «colocar o contrato colectivo de trabalho na estaca zero».
Leonel Nunes, citado pela agência Lusa, acusou o patronato de, contra a lei, ter admitido trabalhadores depois de ter sido decretada a greve, para substituir os possíveis grevistas.
O sindicato promoveu igualmente iniciativas de sensibilização dos turistas e clientes dos hotéis, explicando os motivos da greve e alertando para prováveis quebras de qualidade no serviço, responsabilizando o patronato e o Governo.