Aeroportos de Espanha

27 greves contra a privatização

A centrais sindicais espanholas CCOO e USO convocaram 27 jornadas de greve na empresa pública dos aeroportos de Espanha (AENA), em protesto contra a sua privatização parcial.

O calendário de luta prevê 22 paralisações de 24 horas e cinco greves parciais, que terão lugar entre 11 deste mês e 31 de Agosto.

A primeira greve coincide com a entrada da AENA em bolsa, seguindo-se uma série de outras que irão coincidir com a semana da Páscoa e os períodos altos da época estival.

O governo espanhol vai alienar 49 por cento do capital da empresa, cujo valor pode atingir os oito mil milhões de euros.

A central USO assinala em comunicado que a AENA foi sempre «uma rede solidária de aeroportos que em momento algum implicou gastos para cidadãos».

Por seu turno, a CCOO considera que a privatização da empresa é «uma fraude económica, social e institucional, já que só favorece os interesses dos especuladores.

Ambas instam o governo a desistir da medida e exigem o cumprimento dos acordos laborais assinados. A AENA emprega cerca de nove mil trabalhadores, metade dos quais são associados em sindicatos das centrais CCOO e USO.

As greves afectarão os serviços de manutenção, electricidade, bombeiros e outras áreas essenciais dos aeroportos.

Estudantes em luta

Também o Sindicato dos Estudantes de Espanha anunciou duas greves, para este mês e seguinte, em protesto contra a reforma do Ensino Superior.

A nova lei reduz de quatro para três anos a duração das licenciaturas e aumenta de um para dois anos os cursos de mestrado.

O Sindicato considera que as licenciatura passam a ter um carácter «básico e generalista» e aponta o elevado custo dos mestrados.

 



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