Ponce de Leão
«A Vinci convive mal com a democracia e com o direito à greve», acusou o Sindicato dos Trabalhadores da Aviação e Aeroportos, num comunicado de anteontem, dia 21, em que condenou o despedimento de 12 trabalhadores da Portway no aeroporto de Faro. No seguimento da privatização, a multinacional francesa detém a totalidade do capital social da ANA Aeroportos que, por sua vez, possui cem por cento da Portway. O Sitava relata assim o «despedimento selvagem»: «Decidiu a Vinci, através do presidente da ANA, Ponce de Leão, comunicar ao presidente da Portway, Ponce de Leão, que o serviço das pontes telescópicas em Faro deixaria de ser prestado pela Portway, porque a ANA, dona da Portway, rescindiu o contrato, e que esses trabalhadores seriam despedidos». Para o sindicato da Fectrans/CGTP-IN, o que se passa realmente é que a Vinci «tenta fazer do sacrifício destes trabalhadores um exemplo para outros “insurrectos” que tenham a ousadia de querer ter direitos iguais aos dos restantes trabalhadores da empresa».
Este caso é apontado pelo Sitava como «o melhor exemplo» daquilo que as privatizações trazem aos trabalhadores.