A par da continuação das restrições orçamentais, que atingem o poder local e os serviços públicos em geral, o programa de governo dos conservadores, apresentado na semana passada, pretende endurecer as medidas contra os imigrantes indocumentados e impor limites ao direito de greve.

Em Londres, grupos de centenas de pessoas, que não puderam formar um desfile conjunto devido ao forte dispositivo policial, provocaram perturbações no trânsito e por toda a parte deixaram a mensagem de que não vão resignar-se com os novos cortes nos serviços públicos.

A célebre ponte de Westminster foi ocupada por algum tempo, permitindo aos activistas colocar uma faixa com 20 metros de comprimento, onde se lia: «12 mil milhões em novos cortes; 120 mil milhões de libras em evasão fiscal. A austeridade é uma mentira».

Tal como protestos das últimas semanas, as acções de sábado foram apoiadas por uma grande diversidade de organizações, sindicatos e grupos que integram a Assembleia Popular.

Para além da capital, a Assembleia Popular convocou desfiles e concentrações em várias regiões, nomeadamente no condado de Suffolk, em Manchester, Norfolk, Bristol, Milton Keynes, Hull, Swindon, Coventry, Birmingham, Nottingham e Cardiff.

Segundo se lê no site da Assembleia Popular, esta série de protestos insere-se na preparação da grande manifestação nacional contra a austeridade e as políticas do governo conservador, marcada para o dia 20 deste mês.