Os palestinianos detidos em prisões israelitas enquanto aguardam julgamento pelos tribunais militares são tratados como se tivessem sido já condenados, uma violação de direitos que acresce ao facto de serem presentes a tribunais militares, de poderem permanecer por longos anos sob «prisão administrativa» e, na esmagadora maioria dos casos, sem saberem sequer de que é que são acusados.
O alerta sobre as condições de reclusão preventiva partiu da ONG israelita Betselem, que num relatório divulgado segunda-feira, 22, intitulado «Presunção de culpa: a prisão preventiva pelos tribunais militares na Cisjordânia», condena também o facto de a manutenção em cativeiro ser a regra e não a excepção para a maioria dos palestinianos, exceptuando os indiciados por delitos de trânsito.