CRESCE O APOIO À CDU
«Vamos crescer e avançar, trazendo mais portugueses para a luta e para o voto»
O Governo continua a avançar na concretização da política de direita, como se viu no passado dia 22 na Assembleia da República, onde fez aprovar um pacote legislativo de profundo retrocesso. E acontece também na sua fúria privatizadora ao alienar mais uma empresa pública, neste caso a CP-Carga, em condições tais que em vez de venda se pode falar verdadeiramente de entrega da empresa ao grande capital. Ao mesmo tempo, vai montando e afinando uma poderosa máquina de manipulação e propaganda com o objectivo de falsear a realidade e, pela mistificação, levar muitos portugueses ao engano, capturando o seu voto. É o caso da operação montada em torno da pretensa devolução de parte da sobretaxa do IRS (até com simulador de cálculo à disposição) que, apesar de não ter tido o impacto pretendido, é indicativa dos meios que o Governo está disposto a usar e que se vão agudizar à medida que nos aproximarmos das eleições. Foi também o caso das declarações do ministro da Economia sobre o peso da carga fiscal que agora estaríamos em condições de poder aliviar e até das condições hoje existentes para aumentar o Salário Mínimo Nacional.
O Presidente da República marcou a data das eleições legislativas para 4 de Outubro e aproveitou a oportunidade do anúncio ao País para condicionar o voto dos portugueses com o apelo (e a pressão) para que elejam uma maioria capaz de assegurar um «governo estável e duradouro». Declaração sucedida por uma outra sobre a anunciada devolução de parte da sobretaxa do IRS em 2016, corroborando a propaganda do Governo de que Portugal continua no bom caminho e deixando subentendida, uma vez mais, a sua cumplicidade activa com a acção do Executivo.
Aproveitando a deixa, o primeiro-ministro procurou fazer passar a ideia de desapego ao poder e lá foi insistindo na tese presidencial de que o que importa é que haja uma maioria absoluta, seja ela do PSD/CDS ou do PS ou mesmo do PS, PSD e CDS em conjunto, deixando assim clara a identidade de objectivos que os três visam prosseguir.
Por sua vez, António Costa, aproveitando o apelo do Presidente da República, agitou mais uma vez o espantalho do medo e apelou aos portugueses para que votem massivamente no PS, assegurando a estabilidade duradoura requerida pelo PR. Estabilidade em torno da política de direita, sublinhe-se, verdadeira responsável pela enorme instabilidade que os portugueses têm vindo a sentir nas suas vidas.
Tudo isto enquanto diversos órgãos da comunicação social dominante vão publicando sondagens atrás de sondagens procurando incutir a ideia de um suposto empate técnico entre PS e PSD/CDS. Pretendem, desta forma, polarizar nestas forças políticas os resultados eleitorais que permitam prosseguir a política de direita, em torno da qual se poderia conseguir a tão desejada estabilidade que PSD/CDS, PS e PR preconizam. E, silenciando a CDU e a alternativa patriótica e de esquerda, esforçam-se por mostrar que não há soluções para o País fora do quadro de exploração, empobrecimento e submissão à União Europeia que, desde há muito, defendem e prosseguem.
Entretanto, contrariando este cenário, vai crescendo o apoio à CDU, como se pôde verificar nas inúmeras iniciativas de apresentação de candidatos realizadas na última semana, com destaque para iniciativas de rua, que contaram com a participação de muita gente e prenderam a atenção de muitos transeuntes. Merece também destaque o Encontro Regional de Reformados de Setúbal do PCP do passado sábado, que contou com a participação do Secretário-geral do PCP e mobilizou mais de 300 reformados, pensionistas e idosos.
Prossegue também a preparação da Festa do Avante!. Torna-se necessário dar atenção prioritária ao trabalho de mobilização dos militantes do Partido para a Festa, a par da implantação, divulgação e venda da EP. É necessário articular a propaganda eleitoral e a divulgação, mobilização e valorização da Festa no quadro da campanha eleitoral.
A acção da CGTP-IN frente à Assembleia da República do passado dia 22 contou com uma expressiva participação de milhares de trabalhadores contra a política de direita do Governo PSD/CDS e, ao mesmo tempo, de exigência duma política que valorize o trabalho, aumente os salários, as pensões e reformas, dinamize a procura interna e promova o emprego com direitos.
Luta que vai prosseguir nas empresas e locais de trabalho pelo aumento dos salários, a defesa do emprego, a manutenção das 35 horas de trabalho na Administração Pública e a igualdade de tratamento para o sector privado, pela efectivação do direito de negociação colectiva e pela defesa dos direitos consagrados na contratação colectiva.
Luta que os trabalhadores vão mobilizar para o voto na CDU, força política com uma alternativa capaz de assegurar esses direitos num Portugal de progresso social e desenvolvimento soberano.
Como sublinhou o camarada Jerónimo de Sousa no Encontro Regional de Reformados de Setúbal do PCP, «vamos ampliar e fortalecer a corrente de apoio à CDU, à nossa coligação Democrática e Unitária, PCP-PEV, a esta força em crescimento, necessária e indispensável para garantir uma vida e um futuro melhor para os portugueses! Somos a força do povo, por um Portugal com futuro, determinados a servir o País! A CDU é uma força de confiança que não trai o voto, que cumpre a palavra dada! Vamos crescer e avançar, trazendo mais e mais portugueses para a luta e para o voto por uma nova política e por uma alternativa patriótica e de esquerda!».