UMA FESTA FASCINANTE
«Projectar a Festa do Avante! no reforço do Partido e da CDU»
A Festa do Avante! deste ano voltou a ser o maior acontecimento político-cultural e de massas do nosso País. Durante três dias, ali estiveram presentes a intervenção política, a solidariedade internacionalista, a cultura, o desporto e o convívio. A Festa do Avante! de 2015 foi de novo expressão da força do povo e da alegria colectiva dos que lutam, com determinação e confiança, pelo ideal e o projecto comunistas, nos combates do presente e do futuro.
A Festa revelou as possibilidades de reforço do Partido e mostrou a acertada decisão de associação da divulgação da Festa às principais questões políticas da batalha eleitoral em curso, sem prejuízo da afirmação da sua especificidade e diversidade, como Festa de Abril, da juventude e do futuro; como Festa dos comunistas, dos democratas e patriotas e das forças que lutam contra o imperialismo, contra a exploração e a guerra, por um mundo de justiça, progresso social e de paz.
A Festa do Avante! de 2015, reflexo do grandioso trabalho desenvolvido pelas organizações do Partido ao longo do ano, incluindo o exigente processo de construção, divulgação, venda da EP, e da sua organização e funcionamento, não deixa de reflectir também o esforço feito para levar à prática a discussão lançada pelo CC sobre a Festa do Avante! e que levou inclusivamente à realização em Novembro de 2014 de uma reunião nacional de quadros com esse objectivo. Uma oportuna e necessária discussão tendo em vista a sua melhoria que deve acompanhar o processo de preparação da sua 40.ª edição, a realizar em 2016, no mesmo ano em que o Partido comemorará os seus 95 anos e o Avante! 85. Com o contributo de todos, esta próxima edição, alargada ao novo espaço da Quinta do Cabo, reunirá condições para uma maior e melhor Festa e será expressão da nossa redobrada confiança num futuro com Abril.
Lamentável foi o silenciamento da Festa pela comunicação social dominante, superior ao que aconteceu em edições anteriores. A revelar o maior controlo que o grande capital hoje exerce sobre esses órgãos e, simultaneamente, o seu medo da força de atracção de uma tão expressiva manifestação político-cultural e do entusiasmo e da alegria dos milhares e milhares de visitantes, muitos dos quais pela primeira vez. É uma vergonhosa atitude a revelar a natureza anti-democrática do poder do grande capital que hoje se sobrepõe ao poder político, que comanda e controla. Revela o medo de uma Festa que sendo uma imensa manifestação de alegria colectiva é também poderoso factor de formação de consciência política de como é, como funciona, como se organiza o PCP, dos seus objectivos e combates e da força de atracção do ideal e do projecto por que lutam os comunistas.
E enquanto a Festa do Avante! se concretizava como enorme iniciativa político-cultural, com o maior e mais participado comício que certamente vamos ter nesta batalha eleitoral, o grande capital, os partidos da política de direita, os órgãos da comunicação social dominante reforçavam a chantagem e a bipolarização em torno do chamado «empate técnico».
Em resposta a esse clima de pressão e de chantagem, projectando os efeitos da Festa do Avante! no reforço do PCP e da CDU, é preciso avançar com uma dinâmica eleitoral de massas e mobilizar os comunistas e todos os activistas da CDU para o contacto directo de esclarecimento. O bom momento que se vive no PCP e na CDU, de que a Festa do Avante! foi sintomática expressão, mostra as grandes possibilidades que temos de reforço da Coligação Democrática Unitária PCP-PEV. Vive-se um clima de entusiasmo e confiança que a visita à Festa das Vindimas de Palmela, na passada segunda-feira e o encontro com trabalhadores do sector dos transportes em Lisboa, anteontem, ambos com a participação do Secretário-geral do PCP, voltaram a confirmar.
É preciso dar atenção aos próximos passos do processo de fiscalização eleitoral (mesas e delegados) e combater com firmeza atitudes de desânimo ou indecisão sobre o sentido de voto fomentados por fenómenos mediáticos de desvio de atenção da importância de participação neste acto eleitoral ou de apelo ao «voto útil». Voto útil é o que conta para dar mais votos e eleitos à CDU e, desta forma, reforçar, na Assembleia da República, a presença daqueles que, seguindo uma política de verdade, cumprem, com honestidade, trabalho e competência, o que prometeram na defesa dos interesses dos trabalhadores e do povo.
No plano da luta de massas, merece registo as lutas em desenvolvimento no sector dos transportes, para além dos processos reivindicativos a decorrer em muitas empresas e sectores. Luta de massas que continua a ser, sem dúvida, o factor determinante e decisivo para a derrota da política de direita, criação de condições para a alternativa política e que levou à derrota e isolamento social do Governo PSD/CDS. Mas é preciso mobilizar os trabalhadores para a importância do voto na CDU componente da mesma luta na defesa dos seus interesses e direitos, só possível com a derrota da política de direita e a alternativa patriótica e de esquerda.
O PCP tem, como referiu o camarada Jerónimo de Sousa no comício da Festa do Avante!, «uma identidade, um ideal e projecto em que assenta a força das nossas convicções e a justeza do nosso combate e a que a realidade do mundo de hoje dá mais actualidade». Continuaremos esse combate, com determinação e confiança, nas batalhas por um Portugal com futuro.