A riqueza dos países do Norte da Europa está a aumentar a um ritmo mais elevado do que nos países do Sul. De acordo com um estudo do gestor de fundos alemão Flossbach von Storch, publicado dia 9, a riqueza na Alemanha e na Áustria aumentou sete por cento em finais de 2015, relativamente ao ano anterior, o dobro do observado na Itália e na Espanha.

O estudo, que acompanhou a evolução de um conjunto de bens, desde arte a acções, concluiu que a valorização do património imobiliário (6%) foi o principal responsável pelo aumento da riqueza na Alemanha.

No estremo oposto está a Grécia onde a riqueza caiu quatro por cento no mesmo período.

Os autores do estudo recordam que o próprio Banco Central Europeu reconhece a tendência geral de alargamento do fosso entre países ricos e mais pobres, evolução que contraria os objectivos declarados aquando da criação da moeda única.

O agravamento das divergências, assinala ainda o estudo, conduz a um aumento das tensões políticas entre os 19 estados membros da zona euro e debilita os bancos dos países mais fracos que concederam empréstimos sobre propriedades hoje desvalorizadas.