Revés para Merkel
A União Democrata Cristã da chanceler Angela Merkel e os sociais-democratas recuaram nas eleições regionais que decorreram, dia 18, em Berlim.
Os dois maiores partidos somam menos de 40% dos votos
Com apenas 17,6 por cento dos votos, a União Democrata Cristã obteve o pior resultado de sempre nas eleições regionais de Berlim. Baixou 5,7 pontos percentuais e perdeu oito dos 39 deputados que tinha no parlamento regional.
O seu parceiro na «grande coligação», o Partido Social-Democrata (SPD) manteve-se como a primeira força na capital, mas conseguiu apenas 21,9 por cento dos votos, caindo 6,7 pontos percentuais e perdendo nove deputados em relação às eleições de 2011.
Os fracos resultados de ambos os partidos não lhes permitem renovar a coligação que tem governado Berlim. Juntos, conservadores e sociais-democratas somam menos de 40 por cento dos votos.
A grande coligação, que tem suportado os governos federais nos últimos anos, parece assim estar em perigo.
Em contrapartida, o partido A Esquerda (Die Linke) foi a única força representada no parlamento que subiu de votação, passando de 11,6 por cento e 19 deputados para 15,6 por cento e 27 deputados, ou seja, subiu 3,9 pontos percentuais que lhe valeram mais oito assentos parlamentares.
Por sua vez, os Verdes conseguiram 15,3 por cento, perdendo 2,4 pontos percentuais e dois dos 29 deputados eleitos em 2011.
A extrema-direita Alternativa para a Alemanha (AfD), partido criado em 2013, irrompeu no parlamento, obtendo 14,2 por cento dos votos e elegendo 25 deputados. A direita populista já está presente em dez dos 16 parlamentos regionais da Alemanha e os seus líderes alimentam fortes expectativas em relação às eleições federais que terão lugar no próximo ano.
Igualmente na área da direita, os liberais do FDP (Partido Democrático Liberal) conseguiram entrar no parlamento berlinense, com 6,7 por cento (+4,9%) e 12 deputados.