O PCP está contra a fusão das maternidades Bissaya Barreto e Daniel de Matos, em Coimbra, que notícias recentes dão como estando para breve. Num comunicado de dia 22, o Executivo da Direção da Organização Regional de Coimbra do Partido garante que se esta fusão for feita nos mesmos moldes em que se deu a dos hospitais do distrito, ela não terá outro resultado que não seja a «desestruturação de serviços e equipas, o ataque aos direitos dos trabalhadores e o encerramento de valências», enfim, a «deterioração do serviço prestado às mulheres e crianças da região».

O PCP lembra que o processo de fusão de unidades de saúde, contra o qual sempre se bateu e procura reverter, teve como consequências principais o «progressivo desmantelamento e esvaziamento do Hospital dos Covões e do Hospital Psiquiátrico Sobral Cid», o encerramento de várias unidades do Centro Hospitalar Psiquiátrico de Coimbra e a desestruturação e encerramento de muitas valências em várias unidades de saúde.

O anúncio, pouco claro, de construção de novas instalações para as maternidades não deve fazer esquecer, na opinião do PCP, que a fusão dos dois equipamentos foi decidida precisamente na sequência da fusão de diversos estabelecimentos públicos de saúde no Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC), ou seja, ela surge como aprofundamento de um processo cujas consequências negativas são já visíveis. Só as entidades privadas têm beneficiado com ela, denuncia.