Maioria recusou referendo de Orban

A maioria do eleitorado da Hungria optou por não votar no referendo convocado pelo governo de direita para reforçar a sua posição contrária ao acolhimento de refugiados.

Só 43,3 por cento dos inscritos se deslocaram, dia 2, às urnas e destes apenas 39,9 dos votos foram considerados válidos, na sua esmagadora maioria (98,2%) favoráveis ao «não», promovido pelo governo.

Apesar de ter falhado na mobilização do eleitorado, o primeiro-ministro, Viktor Orban, declarou que não interessava a taxa de participação, mas a vitória do «não».

Orbán afirmou que a União Europeia «não poderá impor a sua vontade à Hungria», no que respeita ao sistema de quotas de refugiados, o qual previa que o país acolhesse 1300 pessoas das 160 mil que seriam repartidas pelos países da União Europeia.

Logo no dia da consulta, a comissão eleitoral da Hungria confirmou que o referendo no país é inválido, dado que a taxa de participação foi inferior a 50 por cento.

Entretanto, na segunda-feira, 3, a Comissão Europeia fez saber que respeitará «a vontade democrática». «Respeitamos a vontade democrática dos húngaros que votaram e dos que não votaram», disse, na conferência de imprensa diária, o porta-voz da Comissão Europeia, Margaritis Schinas.

 



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