CPPC e MPPM saúdam resolução da ONU

Solidários com a Palestina

Os colonatos de Israel em território palestiniano ocupado dividem os presidentes cessante e eleito dos Estados Unidos. Em Portugal, o CPPC e o MPPM estão solidários com o povo da Palestina.

CPPC e MPPM defendem o Estado da Palestina

LUSA

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O secretário de Estado norte-americano, John Kerry, afirmou que a solução defendida pelas Nações Unidas para o conflito entre Israel e a Palestina – a existência de dois estados soberanos – «corre risco» devido à expansão dos colonatos israelitas em território palestiniano ocupado.

Falando em Washington, a 28 de Dezembro, Kerry disse que o governo de Israel é responsável por torpedear a paz com os palestinianos, ao pôr em prática a política de colonatos nos territórios ocupados. E sublinhou que os colonatos ameaçam perpetuar o statu quo e impedir uma solução contemplando dois estados – o de Israel e o da Palestina.

Kerry, a poucos dias do final da administração Obama, acusou o primeiro-ministro israelita, Benjamim Netanyahu, de apoiar a criação de novos colonatos em «localizações estratégicas que impossibilitam a criação de dois estados».

Por sua vez, o presidente eleito, Donald Trump, criticou a posição de Kerry e prometeu estreitar os laços entre os EUA e Israel.

Em Portugal, o Conselho Português para a Paz e Cooperação (CPPC) saudou a resolução do Conselho de Segurança da ONU, de 23 de Dezembro, condenando as medidas de Israel contra o território palestiniano, designadamente, «as que visam alterar a composição demográfica, o carácter e o estatuto do território palestiniano ocupado desde 1967, incluindo Jerusalém Oriental». Medidas como «a construção e expansão de colonatos, a transferência de colonos israelitas, a confiscação de terra, a demolição de casas e o desalojamento de civis palestinianos, em violação do direito humanitário internacional e das resoluções relevantes».

O CPPC reafirmou a solidariedade com «a luta pelo fim da ocupação israelita, pelo reconhecimento do Estado da Palestina livre», e exortou o Governo português «a ter em boa conta a presente resolução nas suas relações com o Estado de Israel e no apoio por todos os meios ao seu alcance a uma solução para a questão palestina conforme com o direito internacional».

Também o Movimento pelos Direitos do Povo Palestino e pela Paz no Médio Oriente (MPPM) saudou a resolução do Conselho de Segurança condenando os colonatos de Israel no território palestiniano ocupado.

O MPPM reafirmou a solidariedade com o povo palestiniano e o empenho em continuar a lutar «pelo fim da ocupação israelita, o desmantelamento dos colonatos, do ‘Muro de Separação’ e de todos os instrumentos de usurpação de terra palestiniana», «pela libertação dos presos políticos palestinianos das prisões israelitas», «pelo fim do bloqueio à Faixa de Gaza» e «pela criação do Estado da Palestina, com as fronteiras de 1967 e capital em Jerusalém Oriental e o respeito do direito ao regresso dos refugiados palestinianos».




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