Papel do Prado
Marcar greve para dia 1 foi a decisão dos trabalhadores da fábrica de papel do Prado, que se reuniram em plenário na quinta-feira, dia 19. Com esta resposta, contestam a forma como a administração da Prado Karton quer despedir «por mútuo acordo» 26 trabalhadores, a troco de muito baixas indemnizações e sob incerteza quanto ao seu efectivo pagamento. Outro motivo de preocupação, como explicou um delegado sindical à agência Lusa, na véspera da reunião, é o que sucederá após 28 de Fevereiro, quando termina o período de lay-off, que completa um ano, e acaba a comparticipação da Segurança Social nos custos salariais. A preocupação é agravada pelo facto de que não foram ainda pagos os salários de Dezembro.
A fábrica, criada em 1772 por alvará do Marquês de Pombal, foi adquirida em Abril de 2016 à massa falida da Finpro pela Atena Equity Partners, uma sociedade portuguesa gestora de fundos. Com os trabalhadores esteve, antes do plenário, uma delegação do PCP, de que fizeram parte o deputado António Filipe e Bruno Graça, vereador, que já tinha levantado o problema na CM Tomar, como informaram a Rádio Hertz e o site Tomar na Rede.