do seu XX Congresso
Convergir para mudar
O PCP continua a realizar contactos com instituições e entidades diversas para divulgar as decisões e orientações emanadas do seu XX Congresso.
Alargar a convergência entre democratas e patriotas
Na segunda-feira, 23, uma delegação do Partido – composta por Jerónimo de Sousa, João Frazão (da Comissão Política do Comité Central) e Agostinho Lopes (do Comité Central) – recebeu, na sua sede nacional, a Confederação Nacional da Agricultura (CNA).
À saída, o Secretário-geral do Partido destacou o «significado particular» daquele encontro, tendo em conta «a nossa proposta de uma política alternativa, patriótica e de esquerda para o País, onde a questão da produção nacional constitui uma pedra angular fundamental». «Esta importante confederação tem pautado a sua intervenção na defesa dos interesses da agricultura familiar, dos pequenos e médios agricultores, que nós [PCP] consideramos indispensáveis para esse projecto de reforço do aparelho produtivo», valorizou.
Referindo-se ao actual momento, Jerónimo de Sousa lembrou que o Governo tomou «medidas tímidas de resposta a anseios de fundo» da CNA e dos pequenos e médios agricultores. No entanto, para «aumentar a produção nacional» e «criar emprego e mais riqueza», «é preciso ir mais longe», uma vez que «esta nova solução política não deu respostas às questões colocadas por este sector».
Trabalho
Antes, no dia 20, Jerónimo de Sousa, Jorge Cordeiro (do Secretariado do Comité Central) e José Neto estiveram reunidos com a Associação Intervenção Democrática (ID), que integra a CDU. Na sede da ID, o Secretário-geral do PCP precisou que aquele encontro, «tendo em conta a proximidade das eleições autárquicas», visou «valorizar a CDU, a sua sigla, o seu objectivo, de trabalho, honestidade e competência».
O encontro inseriu-se ainda num outro objectivo afirmado no XX Congresso do Partido: a «necessidade de alargar a convergência entre democratas e patriotas para responder aos grandes desafios que estão colocados no plano nacional, numa perspectiva de desenvolvimento económico, de criar mais justiça, repartir melhor a riqueza, encontrar uma outra política alternativa».
Projecto
No encontro com o Partido Ecologista «Os Verdes», que aconteceu anteontem, 24, como não poderia deixar de ser, também o «acento tónico» esteve na próxima batalha eleitoral: as eleições autárquicas, previstas para Outubro. «PCP, PEV, ID e muitos milhares de independentes vão estar neste grande projecto que é a CDU», afirmou o Secretario-geral do PCP, na sede do PEV, onde assegurou: «Estamos preparados para enfrentar esta importante batalha».
Jerónimo de Sousa, acompanhado por Jorge Cordeiro e Paula Santos (do Comité Central e deputada na Assembleia da República), revelou haver «uma convergência de análise» com o PEV, «particularmente em relação à valorização dos avanços na reposição de direitos e de rendimentos dos portugueses», nesta actual fase da nova vida política nacional, e, simultaneamente, «inquietações e preocupações em relação ao grau de concretização desses avanços».
«Existem bloqueios e dificuldades», tendo em conta que «o PS ainda não conseguiu romper com a política de direita», criticou o Secretário-geral do PCP, deixando a pergunta: «Como é que vencemos os estrangulamentos e os bloqueios que se colocam à necessidade do nosso desenvolvimento económico?». «Nós continuamos a considerar que a ruptura com a política de direita, um rumo diferente, com uma política alternativa, é a questão fundamental que se vai colocar nos próximos tempos», respondeu.