Armando Silva Carvalho, um dos mais importantes poetas portugueses contemporâneos, faleceu, dia 1, aos 79 anos, na sequência de um cancro nos pulmões.
Nascido em 1938, licenciou-se em Direito pela Universidade de Lisboa, foi professor do Ensino Secundário, acabando por se dedicar à publicidade após ter sido impedido de trabalhar na função pública por razões políticas.
Estreou-se na poesia em 1962, com «Lírica Consumível», que lhe valeu o Prémio Revelação da então Sociedade Portuguesa de Escritores.
Em 1995 foi distinguido com o Prémio Pen Clube por «Canis Dei», com o Prémio Luís Miguel Nava, em 2000, por «Lisboas» e com Grande Prémio de Poesia APE/CTT 2008, pelo livro «O Amante Japonês».
Desde os anos 60 que colaborou em vários jornais e revistas (Diário de Lisboa, Jornal de Letras, O Diário, Poemas Livres ou Colóquio-Letras, entre outras).
Como tradutor verteu para a nossa língua autores como Samuel Beckett, Marguerite Duras, Andrei Andreevich Voznesensky, Jean Genet, E. E. Cummings ou Stéphane Mallarmé.