Forma e conteúdo
No dia a dia da luta de classes e da sua expressão no plano ideológico e político no mundo de hoje e em particular no nosso País, relevam cada vez mais as questões da comunicação social e das múltiplas plataformas conexas.
Com a Festa do Avante! quase a abrir são inevitáveis as preocupações, decorrentes da experiência de tantos anos, de preconceitos e «clichês», de ocultação, menorização e deturpação da maior realização político-cultural de massas em Portugal, que marcam muitas vezes a respectiva cobertura nos média dominantes e cujo paradigma da pouca vergonha é ainda hoje o texto de uma «PCPóloga» que escreveu que o palco 25 de Abril tinha sido deslocado para diminuir o espaço do comício(!). A um mês de eleições autárquicas, no auge de uma pesada operação para forjar a bipolarização artificial – em «duelos» de um execrável «western» de PSD e PS –, é óbvia a tentativa de criar dificuldades à CDU. E tudo serve para o efeito, as provocações a Angola ou Venezuela, a campanha negra contra municípios CDU, a promoção desbragada dos «cucos», para menorizar e procurar impedir o reforço do PCP.
No fundo, múltiplas formas de expressão do conteúdo da situação na comunicação social dominante, de ainda maior intensificação da concentração monopolista e domínio do capital estrangeiro, que se confirma nas operações de controlo pela Altice da Media Capital, dona da TVI, e por interesses financeiros, em arrumação e guerra intestina, de uma parte da Impresa – Caras, Visão –, deixando (ou não) de fora SIC e Expresso. Um quadro em que continuam a avançar os despedimentos e a precariedade e a degradar-se o rigor informativo e o pluralismo.
A generalidade dos média é «apenas» um instrumento de dominação ideológica do capital, de anticomunismo e combate aos valores de Abril, sob férreo controlo e orientação dos grupos económicos.
É urgente esclarecer e lutar. E reforçar o PCP e a CDU, para uma política patriótica e de esquerda.