PCP traz para a rua exigência de 600 euros de salário mínimo

CAMPANHA Está na rua a campanha do PCP pela valorização do trabalho e dos trabalhadores, pela fixação do salário mínimo nos 600 euros já em Janeiro e pelo aumento geral dos salários.

A economia ganha com o aumento geral dos salários defendido pelo PCP

Image 23787

Os cartazes que suportam a campanha, decidida pelo Comité Central na sua reunião de 3 de Outubro, estão a ser afixados em todo o País, dando expressão àquela que é uma das propostas centrais dos comunistas para que se vá mais longe na resposta aos problemas e aspirações dos trabalhadores e do povo português: o aumento do salário mínimo nacional para os 600 euros já em Janeiro de 2018. No comunicado dessa mesma reunião do Comité Central garantia-se que nada justifica que se continue a resistir a esta medida necessária, cujos impactos teriam um «enorme significado» na melhoria das condições de vida, no incremento da actividade económica e nas receitas para a Segurança Social.

Esta proposta, sendo decisiva, está muito longe de ser a única exigência do PCP, que se bate por muitas outras matérias, reafirmadas nessa mesma reunião: aumento das pensões e reformas como «instrumento de recuperação de poder de compra perdido ao longo de mais de uma década»; melhoria da protecção social no desemprego; aumento do investimento público – saúde, educação, transportes, habitação, infra-estruturas, ciência, floresta, cultura –, dinamizando a actividade económica e a resposta a graves carências; justa tributação do grande capital e alívio das camadas da população com mais baixos rendimentos; revogação das normas gravosas da legislação laboral».

Intervenção e afirmação

As opções atrás referidas constituem, para o PCP, objectivos de desenvolvimento que o País deve assumir, devendo por isso estar presentes na elaboração do Orçamento do Estado. A estas deverão acrescer outras, que consubstanciem uma «estratégia de desenvolvimento soberano que assegure um Portugal com futuro». A dinamização do aparelho produtivo, através da adopção de uma política de Estado que substitua importações por produção nacional, promova a reindustrialização do País, aproveite as potencialidades existentes na agricultura e nas pescas, diversifique a actividade económica e as relações com o exterior, são eixos fundamentais deste rumo.

Paralelamente à campanha pela valorização do salário mínimo nacional, o PCP realiza nos dias 26, 27 e 28 uma jornada nacional de informação e contacto com os trabalhadores e a população relativa aos avanços verificados na nova fase da vida política nacional, às medidas necessárias para ir mais longe na defesa, reposição e conquista de direitos e à afirmação da política patriótica e de esquerda, e dá seguimento à acção de combate à precariedade e às iniciativas em torno das questões da produção, do emprego e da soberania.




Mais artigos de: PCP

Governo tem de valorizar o transporte fluvial no Tejo

DEGRADAÇÃO As empresas públicas de transporte fluvial que ligam as duas margens do Tejo têm vindo a cortar carreiras e a degradar o serviço que prestam. O PCP exige investimento público para inverter a situação.

Resistir e lutar no sector ferroviário

O sector dos transportes tem sido um dos mais atacados pela política exploradora e privatizadora de sucessivos governos e, ao mesmo tempo, dos mais combativos quando o assunto é a luta em defesa do emprego, dos direitos de trabalhadores e utentes e do carácter público das empresas. No caso...

Agricultores da Beira Baixa têm de ser compensados

O Secretariado da Direcção da Organização Regional de Castelo Branco do PCP considera «demasiado vaga» a resposta dada pelo Governo ao requerimento apresentado em Julho pelo grupo parlamentar comunista relativo aos necessários apoios aos agricultores do distrito afectados...

As urnas e os coveiros

A leitura mediática das eleições autárquicas começou antes de qualquer voto ter entrado nas urnas e, quando ainda havia votos a serem contados, foram-se tecendo sentenças. Veja-se um director de informação de um dos canais de televisão que, quando ainda...