PE dá prémio a instigadores da violência

A atribuição pelo Parlamento Europeu do prémio Sakharov à denominada «oposição democrática na Venezuela» foi contestada pelos deputados do PCP, que inscrevem a decisão «na longa lista de actos de ingerência contra a República Bolivariana da Venezuela e o povo venezuelano, sendo um gesto tanto mais grave quando procura enaltecer pessoas que foram responsáveis pela promoção de crimes e brutais actos de violência e acção terrorista de que resultaram dezenas de vítimas entre o povo venezuelano».

Em comunicado divulgado dia 26, os deputados do PCP consideram ainda que «a melhor resposta a esta inaceitável intromissão da maioria do Parlamento Europeu deu-a o povo venezuelano na eleição da Assembleia Nacional Constituinte e nas recentes eleições regionais que se realizaram na Venezuela, rejeitando a violência golpista dos grupos terroristas, a acção de boicote económico e as ameaças levadas a cabo pela Administração norte-americana».

Os deputados do PCP manifestam a sua solidariedade com o povo venezuelano e «tendo presente o bem-estar da comunidade portuguesa residente na Venezuela, reafirmam que a defesa dos interesses desta passa pela clara rejeição das acções desestabilizadoras, terroristas e golpistas, incluindo as posturas que as promovem, como a que foi agora protagonizada pela maioria do Parlamento Europeu».

Também a direcção do Conselho Português para a Paz e Cooperação (CCPC) critica a decisão, acusando o Parlamento Europeu de «premiar a violência assassina» e utilizar o prémio Sakharov como «arma política» na sua «campanha de ingerência e ataque ao legítimo governo da Venezuela».

Na sua nota, o CCPC lembra que «um dos laureados é Leopoldo López», condenado por desvio de fundos públicos, envolvido na tentativa de golpe em 2002 e um dos principais instigadores das acções de violência em 2014, das quais resultaram 43 mortos.




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