Turquia prende centenas de opositores à guerra

PAZ Centenas pessoas foram detidas pelas autoridades turcas desde o fim de Janeiro por se manifestarem contra a ofensiva ilegal contra os curdos na Síria.

Erdogan e o regime acusam os manifestantes de «propaganda terrorista»

O total de presos por protestarem publicamente contra a invasão e guerra levada a cabo pela Turquia no enclave curdo-sírio de Afrin ascende, desde 20 de Janeiro, quando se iniciou a campanha militar apelidada de «Ramo de Oliveira», a 666, apurou o Ministério do Interior de Ancara. O presidente Recep Erdogan e o regime que lidera acusam os manifestantes de «propaganda terrorista», mas a oposição contesta e afirma que, neste momento na Turquia, «dizer simplesmente que alguém prefere a paz em detrimento da guerra é considerado um delito».

Particularmente atingido pela vaga repressiva tem sido o Partido Democrático do Povo (HDP), o terceiro em representação parlamentar. Cerca de 350 militantes e dirigentes da organização foram encarcerados nas últimas semanas, informa o HDP.

Acresce a manutenção na prisão, desde Novembro de 2016, de alguns dos principais dirigentes daquele partido, facto que esteve na base da realização, este fim-de-semana, de um congresso extraordinário para eleger uma nova liderança para o HDP.

Como parte da tentativa de abafar toda e qualquer iniciativa ou organização que defenda a paz, o governo decidiu que as uniões profissionais de advogados e de médicos deixarão de poder usar o adjectivo «turco» por terem subscrito um manifesto «anti-patriótico» contra a agressão à Síria.

«A União dos Médicos Turcos não está em consonância com o carácter turco. E o mesmo sucede com a União de Colégios Profissionais de Advogados da Turquia. Já não podereis usar o nome de turco nem de Turquia. Serão usados por quem os mereça», afirmou Erdogan, de acordo com a Lusa.




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