O Partido nas empresas

Voz decisiva para reforçar a luta

Combater mentiras e mistificações, promover a unidade e a luta dos trabalhadores e afirmar as propostas do PCP para cada uma das empresas e sectores são alguns dos objectivos dos boletins e comunicados distribuídos regularmente pelos comunistas nas empresas e locais de trabalho.

Nos diversos locais de trabalho dos CTT está em distribuição um comunicado em que se reafirma que «É preciso reverter a privatização». Para os comunistas, são as próprias contas de 2017 da empresa, recentemente apresentadas, a dar força a esta exigência. O Partido sustenta que por mais que a administração procure «mascarar a realidade dos números», as suas «falsificações caem todas por terra». Bem pode procurar desvalorizar o serviço de correio e apresentar o Banco e o Expresso como únicas actividades com futuro na empresa que os números não apontam nesse sentido: os serviços tradicionais dos CTT contribuíram com 109,8 milhões de euros positivos e o serviço Expresso com 1,3 milhões; já o banco teve um prejuízo de 20,4 milhões.

Também a política de dividendos é alvo da crítica do PCP, que denuncia a distribuição aos accionistas de um valor – 57 milhões – que é mais do dobro do resultado líquido alcançado pela empresa, a rondar os 27 milhões. Esta é uma forma de «descapitalização da empresa e de roubo dos seus activos para engordar os accionistas».

Das vitórias alcançadas pelos trabalhadores da Navigator, de Setúbal, fala o mais recente número do boletim da célula do Partido na empresa, intitulado «Com Fibra». O Partido realça, no texto principal, a conclusão dos processos negociais para revisão do Acordo de Empresa da Portucel e dos cadernos reivindicativos, que representa «os maiores avanços nos direitos e rendimentos dos trabalhadores desde 2008».

Para além do aumento dos salários (entre 1,5 e 1,8 por cento) – «ainda assim muito abaixo das possibilidades e do que seria justo tendo em conta os lucros» –, a célula do Partido regista como positivo que finalmente «se tenha conseguido começar a aproximar de forma significativa os direitos e rendimentos dos trabalhadores de todas as empresas do grupo ao AE da Portucel». Digno de registo é, ainda, o facto de pela primeira vez as negociações passarem a ser feitas pelo sindicato em conjunto com a Comissão de Trabalhadores e não, como até aqui, apenas pela CT, que «se limitava a assinar um acordo imposto pelo patrão».

Em documentos específicos dirigidos a diversas empresas públicas da e na região de Lisboa (Metro, Carris, CP, EMEF, EPAL, etc.), no âmbito da campanha nacional «Valorizar os Trabalhadores. Mais Força ao PCP», os comunistas valorizam o facto de nos últimos anos ter sido possível eliminar o essencial dos roubos que tinham sido impostos aos trabalhadores do Sector Empresarial do Estado. Apesar disto, sublinham, há que prosseguir e reforçar a luta para que acabem as restrições à contratação dos trabalhadores em falta nas diversas empresas.




Mais artigos de: PCP

Subfinanciamento do SNS é «doença crónica»

SAÚDE No âmbito da preparação do Encontro Nacional do PCP sobre a Saúde em Portugal, que se realiza no sábado em Lisboa, Jerónimo de Sousa visitou esta semana instituições do SNS.

Para onde vai a Europa?

Os deputados do PCP no Parlamento Europeu promovem na sexta-feira, 27, o Seminário «Para onde vai a Europa? Não à União Europeia das Transnacionais e das grandes potências. Por uma Europa de Cooperação, progresso social e paz». A iniciativa decorre entre as 14h30 e as 18h30 na Sala Veneza do Hotel Roma e conta com a...

O Partido vai ficar mais forte no distrito de Leiria e no País

ASSEMBLEIA Sob o lema «Reforçar, intervir, lutar, transformar – PCP mais forte», os comunistas de Leiria realizaram a sua 10.ª Assembleia de Organização Regional (AORLEI), iniciativa na qual Jerónimo de Sousa proferiu a intervenção de encerramento.

Actualização das pensões tem o cunho do PCP

AVANÇOS A actualização extraordinária das pensões que terá lugar em Agosto de 2018, e que abrange cerca de dois milhões de reformados, resulta da sua luta e da acção e iniciativa do PCP.

Opções do Governo travam resposta a problemas

O PCP reagiu, no dia 13, à apresentação pelo Governo do Programa de Estabilidade e do Programa Nacional de Reformas através de uma declaração de Vasco Cardoso, da Comissão Política. O dirigente comunista começou por sublinhar que esta é uma iniciativa que decorre da integração Portugal no euro e da aceitação, por parte...

Pela efectivação do direito à habitação em Lisboa

«A especulação deixa o povo sem habitação», lê-se na capa do folheto que o PCP está a distribuir em Lisboa, numa iniciativa lançada pela Direcção da Organização Regional. No interior, parte-se do artigo 65.º da Constituição – que consagra que «todos têm direito, para si e para a sua família, a uma habitação de dimensão...