MADEIRA Negócios com ambiente engorda privados
«Milhares de prejuízos com o lixo para satisfação de clientelas privadas». É este o título do comunicado emitido no dia 9 pela Direcção da Organização da Região Autónoma da Madeira do PCP, no qual denuncia os negócios com o ambiente praticados no arquipélago. Lembrando a suspensão da construção da unidade de tratamento térmico de lixo hospitalar Dr. Nélio Mendonça – que já se encontrava em concretização quando o actual Governo Regional tomou posse e que seria comparticipado em 85 por cento por fundos da UE –, o Partido realça que a região continua, assim, a ter «custos elevadíssimos com aqueles resíduos»: só no expedir para o continente dos lixos hospitalares são gastos cerca de 50 mil euros por ano e nos nos contentores incineráveis a região gasta anualmente mais de 400 mil euros.
A situação, recorda-se, arrasta-se desde 2015, quando o Governo Regional se comprometeu a apresentar uma alternativa, a curto prazo, para estes resíduos. Após ter anunciado diversos adiamentos, terminado o primeiro semestre de 2018 «tudo está por fazer». Perante a suspensão da obra e o adiamento da solução alternativa que, garante, «deveria permitir uma poupança de cerca de meio milhão de euros/ano», o PCP questiona: «a quem serve este negócio do lixo? Quem está a lucrar neste esbanjamento de dinheiros públicos? A quem dá fortuna o lixo? Que clientelas estão a ser servidas pelo Governo Regional?»