Ano 936 – Construção de Medina Azahara
O conjunto arquitectónico Medina Azahara (em árabe Madinat al Zahra, «a cidade da flor), situado na província de Códova, Andaluzia, é uma das jóias deixadas na Península Ibérica pela ocupação muçulmana. Conta a lenda que o califa Abderramán III, da dinastia ocidental omíada, o mandou construir em honra da sua favorita, a escrava cristã Azahara, oriunda das terras nevadas do Norte, mandando plantar milhares de amendoeiras no perímetro da cidade palácio para que as suas flores evocassem a neve por que ela suspirava. Lenda à parte, o facto é que as construções erguidas nos 112 hectares muralhados deslumbraram o mundo pelo seu esplendor, pela beleza dos seus mármores, ébano e marfim, ouro e predras preciosas, justificando a sua escolha para capital do califado. A glória durou pouco: a cidade foi destruída na guerra com os berberes de Sulaimán al Mustain cerca de 70 anos depois. As impressionantes ruínas de Azahara só viriam a ser descobertas no séc. XIX, tendo os primeiros trabalhos arqueológicos começado oficialmente em 1911, durante o reinado de Alfonso XIII. Cerca de 90 por cento do espaço está ainda por explorar, mas próximo das escavações já existe um museu. A Unesco declarou Medina Azahara património mundial da humanidade a 1 de Julho de 2018.