ERC ignora Abril
A União de Resistentes Antifascistas Portugueses (URAP) manifestou «indignação» pela posição tomada, dia 9 de Janeiro, pelo Conselho Regulador da Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) sobre a participação num programa de entretenimento da TVI de Mário Machado, líder de um movimento da extrema-direita.
Para o regulador dos media, a entrevista à TVI não indicia a prática de qualquer contra-ordenação ou crime de violação da Constituição da República Portuguesa ou de qualquer normativa em vigor. O Conselho Regulador refere ainda que «o que foi afirmado pelo entrevistado traduz a sua opinião, não indiciando “prima facie” (à primeira vista) ilícito de incitamento ao ódio ou à violência».
A URAP manifestou, por isso, a sua «perplexidade» pela deliberação da ERC e reitera a sua posição: «A presença de Mário Machado, um indivíduo com um percurso associado à extrema-direita e a actos criminosos e de ódio racial e intolerância, bem como a rúbrica na qual se perguntava se “precisamos de um novo Salazar”, constitui uma ofensa aos valores democráticos e a todos quantos se opuseram ao fascismo em Portugal».
Forte de Peniche
Nos dias 11 e 12 de Janeiro, o Núcleo do Porto da URAP apresentou a 4.ª edição do livro «Forte de Peniche – Memória, Resistência e Luta», em S. Mamede Infesta e na Parada de Todeia, respectivamente. Estas iniciativas da URAP dão início ao «Roteiro Antifascista».