Greves na indústria
Na ATF (About The Future, fábrica da Navigator Company, em Setúbal), começou às zero horas de ontem, dia 30, uma greve que se deverá manter até às 24 horas de sábado, 2 de Fevereiro. A luta, com forte adesão e que provocou a paragem da produção, foi convocada pelo SITE Sul, por aumentos salariais, pela aproximação dos salários aos praticados na fábrica na Figueira da Foz, por um horário semanal de 37,5 horas, pelo enquadramento nas categorias que correspondem às funções efectivamente desempenhadas – entre outras reivindicações.
Por melhores salários e pela melhoria das condições de trabalho, o Sindicato dos Trabalhadores da Indústria Mineira convocou greve na Beralt Tin and Wolfram, concessionária das minas da Panasqueira, com a duração de três horas por dia, a partir das 7 horas do dia 11 e até às 2 horas do dia 23 de Fevereiro.
Na Petrogal (Grupo Galp Energia), «seja na sede da empresa, em Lisboa, na refinaria de Sines ou na refinaria do Porto, a luta continua e em força, em defesa da contratação colectiva e pela manutenção dos direitos laborais e sociais».
Numa saudação aos trabalhadores, dia 28, a Fiequimetal/CGTP-IN assinalou que, na refinaria de Sines (onde foi decidido prolongar a greve até ao final de Fevereiro), estão criadas «sérias dificuldades aos objectivos da administração, verificando-se, até ao momento, um desvio de 25% relativamente à produção planeada, o que corresponde a um prejuízo de 10 milhões de euros». Entretanto, «a adesão à greve tem vindo em crescendo, tal como a sindicalização» no SITE Sul.
Na refinaria do Porto, considerando «as consequências do recente incidente que ocorreu na instalação, foi decidido aguardar e dar continuidade à luta em momento posterior».
A federação adianta que, para fazer o balanço da luta realizada e definir os termos e contornos em que ela prosseguirá, a Comissão Sindical Negociadora vai-se reunir e oportunamente promoverá a discussão e decisão com os trabalhadores em Fevereiro.