Os problemas que estarão na origem da demissão do presidente do Conselho de Administração do Centro Hospitalar de Leiria e dos chefes de equipa da Urgência de Medicina Interna não só não são novos como vários deles foram «objecto do silêncio da própria Administração». Quem o afirma é a Direcção da Organização Regional de Leiria do PCP que, numa nota de dia 14, lembra que essa mesma administração, na sua política de comunicação, apresentou durante muito tempo aquele equipamento como sendo «de excelência». Além disso, acrescenta, contribuiu para «acentuar alguns desses problemas, nomeadamente no plano dos meios humanos e condições laborais».

Independentemente na análise ao desempenho da administração, o PCP responsabiliza pela situação «anos e anos de desinvestimento» dos sucessivos governos PS, PSD e CDS no Serviço Nacional de Saúde, agravados pela passagem do hospital a Entidade Pública Empresarial, decidida pelo governo do PS liderado por José Sócrates. O Partido acusa o Governo de incapacidade em resolver este como outros problemas e o PSD e o CDS de «hipocrisia e calculismo», dadas as «pesadíssimas responsabilidades» que têm na actual situação do SNS.

Valorizando a «dedicação, profissionalismo e esforço de todos os profissionais» do SNS, o PCP garante que para além do Centro Hospitalar de Leiria, também diversos centros de saúde, o Centro Hospitalar do Oeste, nas Caldas da Rainha e em Peniche, e o Hospital de Pombal se debatem com sérios problemas.