O Centro de Trabalho Vitória, do Partido, em Lisboa, acolheu, segunda-feira, 15, um encontro de apoiantes da Coligação PCP-PEV, com actuais deputados, candidatos, membros de organizações representativas dos trabalhadores, autarcas, personalidades e figuras públicas.

A iniciativa – apresentada pela escritora Ana Margarida de Carvalho, mandatária nacional da lista de candidatos da CDU ao Parlamento Europeu (PE) – contou com as intervenções de João Ferreira, primeiro candidato, de Heloísa Apolónia, dirigente e líder parlamentar do PEV, e de Jerónimo de Sousa, Secretário-geral do PCP.

«Precisamos muito da vossa força», começou a mandatária, acentuando: «Não basta termos o melhor projecto, os melhores candidatos e os deputados mais competentes. É preciso avançar.»

«Avançar é o melhor contributo que podemos dar à luta que se está a travar, também, pela construção de uma outra Europa, dos trabalhadores, dos povos, de cooperação», continuou João Ferreira, que valorizou a «generosidade», «empenhamento colectivo» e «coragem» dos apoiantes da Coligação PCP-PEV.

Heloísa Apolónia questionou sobre que «vozes» querem os portugueses no PE: «Conformadas e submissas» ou «pela defesa dos direitos dos povos e da sustentabilidade, que exigem a libertação de recursos e se centram no combate à pobreza, às desigualdades, ao racismo, à xenofobia, aos nacionalismos e à guerra?». «É tudo isto que o voto na CDU representa», reforçou.

No final, Jerónimo de Sousa citou Álvaro Cunhal para afirmar que com «confiança» podemos atingir «os nossos objectivos» num «tempo de escolhas e de opções». Referia-se às próximas «batalhas eleitorais que vão determinar a evolução do País». «Avançar é preciso com a reposição de direitos e rendimentos», «enfrentando problemas que subsistem e resultam de décadas de política de direita», salientou. «Não há política de esquerda sem a contribuição decisiva da CDU», frisou o Secretário-geral do Partido.