Greve geral no Brasil envolveu 45 milhões de trabalhadores

LUTA A greve geral mobilizando milhões de trabalhadores em 360 cidades do Brasil foi uma contundente resposta à agenda repressiva de Bolsonaro. A luta contra a reforma da previdência social continua.

Houve paralisações em 360 cidades no norte ao sul do Brasil

Cerca de 45 milhões de trabalhadores e estudantes aderiram à greve geral de sexta-feira, 14, que envolveu 360 cidades no Brasil, contra a reforma da previdência social e outros retrocessos da governação do presidente de Jair Bolsonaro.

Segundo as centrais sindicais ligadas à organização da jornada de luta, em todas as capitais dos 26 estados, no distrito federal de Brasília e noutras mais de três centenas de cidades houve paralisações contra o ataque ao sistema de aposentações, contra o corte de verbas na educação e contra o desemprego.

Autocarros, comboios e metro pararam em grandes cidades. Em S. Paulo, o principal centro financeiro do país, os bancos não abriram, trabalhadores da educação aderiram massivamente ao movimento, escolas públicas e privadas, universidades e institutos técnicos permaneceram de portas fechadas. Em Brasília, a capital federal, a greve atingiu sobretudo os transportes colectivos e as escolas.

A greve geral e as manifestações foram convocadas por 12 centrais sindicais e pelas frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo. A jornada seguiu-se a outras lutas unitárias recentes dos sindicatos, movimentos populares e sectores progressistas em defesa da escola pública e contra a reforma da previdência social. Os protestos populares do 1.º de Maio e dos dias 15 e 30 do mês passado também foram construídos a partir da unidade de forças democráticas.

Segundo o presidente da Central Única de Trabalhadores (CUT), Vagner Freitas, os sindicatos e os trabalhadores deixaram claro a Bolsonaro que estão contra a proposta governamental de reforma das aposentações. Para o sindicalista, a greve fortaleceu a luta dos trabalhadores, «apesar das práticas anti-sindicais de patrões e tribunais, mesmo com repressão policial em alguns estados». E assegurou que a luta continuará em defesa dos direitos laborais.




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