EUA e Rússia dialogam sobre desarmamento
DIÁLOGO Após um encontro em Osaka entre os presidentes Putin e Trump, Rússia e EUA vão efectuar consultas bilaterais sobre o acordo Start III. Também na cimeira do G-20, EUA e China anunciaram o reinício das negociações sobre comércio.
Washington e Moscovo vão manter contactos sobre Start III
O presidente Vladimir Putin anunciou que vão iniciar-se contactos entre a Rússia e os EUA sobre a renovação do Tratado de Eliminação e Limitação de Armas Estratégicas Ofensivas (Start III).
Após o encontro de sexta-feira, 28 de Junho, com o seu homólogo Donald Trump, em Osaka, durante a cimeira do Grupo dos 20, Putin revelou aos jornalistas que o tema tinha sido abordado nas conversações entre as delegações russa e norte-americana. Segundo Putin, os resultados ver-se-ão mais tarde, pois será necessário percorrer um longo caminho para falar de algo concreto.
O Start III, assinado em 8 de Abril de 2010, em Praga, pelos então presidentes da Rússia, Dmitri Medvedev, e dos EUA, Barack Obama, é hoje o único tratado que regula o desarmamento estratégico no mundo. Há nove anos, o acordo previa limitar a 1550 o total de ogivas nucleares para cada parte e 800 o número de portadores em terra, aviões, navios de guerra e submarinos.
Agora, no Japão, Putin e Trump discutiram também outros temas, como as relações económicas entre Rússia e EUA e a visão dos dois países sobre focos de tensão internacional (comércio mundial, Irão, Síria, Venezuela, Ucrânia).
Tréguas comerciais
entre EUA e China
Também em Osaka, os presidentes da China e dos EUA reuniram-se, a 29, e acordaram em retomar as negociações para resolver o diferendo comercial entre as duas potências.
Xi Jinping e Donald Trump decidiram que as equipas de negociadores voltarão em breve à mesa de diálogo para analisar questões específicas. A parte estado-unidense comprometeu-se a não impor tarifas alfandegárias adicionais sobre as importações chinesas.
Jinping afirmou que «se ambos os países cooperarem, teremos ganhos. Mas se entrarmos em discórdia, perdemos. A cooperação e o diálogo são melhores que as fricções e a concorrência». Destacou a sua vontade de promover as relações bilaterais de modo a que possam fluir de maneira harmoniosa e estável.
Trump, por seu lado, considerou que Washington e Pequim estão «muito perto de alcançar um acordo justo».