Bolseiros do LNEC em luta pela integração nos quadros

CONCENTRAÇÃO Trabalhadores precários do Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC) voltam a concentrar-se hoje à porta da instituição pela homologação da sua contratação sem termo.

Os trabalhadores em causa fazem falta

O processo arrasta-se há quase dois anos e os bolseiros decidiram protestar todas as quinta-feiras, à hora do almoço, até que os ministérios do Trabalho e das Finanças concretizem a sua passagem aos quadros no âmbito do Programa de Regularização Extraordinária dos Vínculos Precários na Administração Pública.

A primeira concentração decorreu faz hoje uma semana, à porta do LNEC, e ao Avante! Joaquim Ribeiro, dirigente do Sindicato dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais, que apoia desde a primeira hora a luta destes trabalhadores precários, explicou que as Comissões de Avaliação Bipartidas deram parecer positivo à integração de 111 bolseiros há cerca de 22 meses.

Desde então, contudo, e apesar de o ministério que tutela o LNEC garantir que da sua parte nada mais há a fazer, os homólogos do Trabalho e das Finanças tardam em dar luz verde à abertura dos concursos que permitem regularizar o vínculo daqueles trabalhadores.

Uma das bolseiras que se encontra «no limbo», relatou na concentração que o LNEC é o único laboratório do Estado onde ainda não ocorreu qualquer integração, o que constitui uma incompreensível excepção. Ao que acresce os prejuízos e condicionalismos já difíceis de suportar na vida pessoal e profissional de cada um, como relatou Daniela Silva, que desempenha funções com contrato de bolsa há 11 anos.

Já Pedro Galego, delegado do Sindicato dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais do Sul, salientou que os trabalhadores em causa fazem falta ao laboratório. Tanto mais que, por exemplo, procedem a inspecções a infra-estruturas e elaboram relatórios.

Neste contexto, Pedro Galego alerta que a sua não integração nos quadros coloca em causa a sustentabilidade da actividade regular do LNEC, o que, considerou ainda, coloca em questão a soberania do País.




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