Critérios à medida

Fechadas as urnas, contados os votos e eleitos os novos deputados – entre os quais se contam os 12 eleitos pela CDU com provas dadas de não faltarem aos compromissos assumidos, que, por serem menos que na última legislatura, terão trabalhos redobrados –, é tempo de balanços mediáticos.

Um ponto prévio. Pelos critérios adoptados, privilegiando o individualismo e os protagonismos estéreis, os órgãos de comunicação social dominantes são incapazes de dar um vislumbre da extraordinária campanha eleitoral levada a cabo pelos candidatos, mas também pelos milhares de militantes do PCP e do PEV e activistas da CDU. As inúmeras acções, das mais pequenas às maiores, são varridas do espaço mediático, restando da campanha apenas e só as iniciativas com a participação do Secretário-geral.

Sendo um critério geral (olhando para as notícias de outras forças, as conclusões serão idênticas), cria um enviesamento que afecta tanto mais quanto maior é o peso do colectivo em cada candidatura, como é o caso da CDU.

Mas mesmo olhando para as peças produzidas a partir das acções com a participação do Secretário-geral, é clara a duplicidade de critérios face a outras forças políticas. Seja mais às claras, como no balanço da campanha feito pela agência noticiosa pública, em que o tom jocoso da peça sobre a campanha da CDU contrastou com a sobriedade das restantes: seja de forma mais refinada, como na permanente procura de fixar a campanha em temas determinados pelos centros de decisão, nomeadamente através de pedidos de comentários a afirmações de outros protagonistas, como aconteceu com o caso de Tancos, ou com a introdução mais descarada de outros nas peças sobre as nossas acções, como se viu no último dia, com referências a um candidato de outra força (que nem chegou a 1% a nível nacional) pelo simples facto de ser oriundo de uma freguesia vizinha ao local onde está localizada a pedreira visitada pelos candidatos da CDU.

Depois, há a procura obsessiva e permanente de motivos para criticar, mesmo quando as críticas de hoje entram em gritante contradição com as de ontem. É olhar para o que se disse sobre o estilo de campanha da CDU – que privilegia o contacto directo e junto das massas – e comparar com a caricatura que se fez de algumas iniciativas que visavam dar expressão a avanços e também a problemas concretos. Tantas vezes os mesmos que ditavam estar estafado o modelo de grandes comícios e de acções de contacto directo (há tão pouco tempo como nas últimas eleições para o Parlamento Europeu), criaram uma efabulação em torno da ausência de «rua» nesta última campanha – mesmo quando todos os dias havia acções de contacto na rua…

Isto enquanto opções de outros passavam sem remoque: veja-se o caso de uma força que abdicou de um dia de campanha em sete distritos (!) para fazer uma curta arruada e um almoço: uma opção «vendida» como ambição de eleger onde nunca o tinham feito, o que não se confirmou.

São curtos exemplos do plano inclinado em que travámos esta batalha eleitoral – e que só torna mais valiosos cada um dos votos e dos mandatos conquistados pela CDU.



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