Alargar a rede do Metro do Porto com novas ligações e estações
INVESTIMENTO O PCP considera prioritária a criação de um «audacioso plano de desenvolvimento do Metro do Porto na próxima década», com seis novas linhas, mais 49 quilómetros de rede e 54 novas estações.
O Governo assumiu compromissos com a região e tem de os honrar
Há muito que o PCP considera a melhoria e alargamento da rede do Metro do Porto uma opção «vital para o desenvolvimento da região, para a qualidade de vida e de trabalho da sua população e para a melhoria da mobilidade, com inegáveis vantagens económicas e ambientais». Em coerência, entregou já na Assembleia da República um plano de desenvolvimento do Metro do Porto, a ser concretizado no prazo de uma década, e desafia as restantes forças políticas a pronunciarem-se sobre ele.
Com este plano, o PCP pretende garantir, entre outras matérias:
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o prolongamento da rede até à Trofa, a partir do ISMAI, devolvendo o transporte a estas populações que há mais de 17 anos ficaram sem o comboio;
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linha de Valbom, com ligação ao centro de Gondomar a partir de Campanhã, perspectivando uma ligação futura a Fânzeres, criando uma rede circular com a linha Laranja;
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linha do Campo Alegre, unindo as estações actuais de São Bento e de Matosinhos Sul;
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linha das Devezas, a partir da linha do Campo Alegre, perspectivando a ligação com a linha Amarela em Vila D`Este, criando uma ligação circular entre Gaia e o Porto;
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ligação a São Mamede de Infesta, a partir da actual estação Pólo Universitário, perspectivando a ligação futura a Matosinhos Sul e criando uma ligação circular entre Matosinhos e o Porto;
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ligação à Maia, a partir do Hospital São João, perspectivando a junção com a linha do Aeroporto na estação Verdes, criando uma ligação circular com a cidade da Maia.
Quanto a custos, o Partido realça que o valor estimado para as linhas que propõe corresponde, no essencial, ao que o governo assumiu em 2008 investir no desenvolvimento da rede.
Compromissos
são para honrar
Na nota que dá conta da entrega do projecto, a Direcção da Organização Regional do Porto do PCP lembra que nele não se exige «nada de novo ou de extraordinário», apenas se reclama do Estado que honre compromissos que assumiu com a região e suas populações.
Lembra o Partido que quando assumiu a maioria do capital da empresa Metro do Porto, o Governo assumiu também o compromisso de «prosseguir com investimentos em novas linhas», chegando inclusivamente a lançar a segunda fase da rede. Esta, aliás, deveria ter sido concluída até 2018 com as ligações à Trofa, Gondomar (Valbom), Laborim, Matosinhos e Porto (linha do Campo Alegre). Mas até hoje ficou tudo por cumprir, criticam os comunistas.
Com o projecto que apresentou, o PCP exige que seja cumprido o compromisso do Governo e construídas as «novas linhas prometidas, assegurando uma efectiva programação dos investimentos na rede do Metro do Porto para a próxima década, que responda às necessidades de mobilidade da população».
Articulação com autocarros
e estacionamento
Consciente de que o desenvolvimento da rede de Metro não dispensa a articulação com outros meios de transporte público e o restabelecimento do transporte de passageiros nos ramais ferroviários de Leixões, o PCP incluiu na sua proposta medidas de articulação intermodal de linhas de transporte rodoviário de passageiros com as estações do Metro, desde logo a criação de paragens de autocarro nas proximidades.
De modo a incentivar a troca do automóvel pelo Metro, os comunistas propõem o eventual redimensionamento dos parques de estacionamento automóvel junto das estações mais procuradas e a construção de novos parques, gratuitos, e ainda a criação de um dístico especial, ligado ao passe intermodal Andante, que identifique os automóveis estacionados nas imediações das estações.