Na hotelaria, alimentação e turismo falta ouvir os mais atingidos

Dirigentes e delegados sindicais dos sectores da hotelaria, alimentação e bebidas, respeitando as normas sanitárias, reuniram-se anteontem, ao final da manhã, frente ao Ministério do Trabalho, exigindo que as portas deste se abram para ouvir os representantes dos trabalhadores sobre as consequências da COVID-19 e as medidas do Governo.

A concentração foi convocada pela Fesaht, a federação da CGTP-IN naqueles sectores, contando com a participação de delegações dos sindicatos filiados e também da Secretária-geral da CGTP-IN, Isabel Camarinha. Duarte Alves, deputado do PCP, saudou esta acção de luta e reafirmou a solidariedade activa do Partido e do seu grupo parlamentar.

Das preocupações manifestadas num documento que acabou por ser entregue a assessores da ministra do Trabalho, face à indisponibilidade desta, a coordenadora da Fesaht destacou os despedimentos. Maria das Dores Gomes, citada pela agência Lusa,

realçou que estes sectores têm «os primeiros trabalhadores a ser despedidos, logo após a pandemia, milhares de trabalhadores que ficaram sem emprego, sem salário e sem qualquer protecção social».

Das propostas que quer discutir com o Governo, a Fesaht salientou a criação de um fundo especial para socorrer estes trabalhadores, reivindicada ainda em Março e que continua sem resposta, enquanto «a associação dos patrões é recebida diariamente», protestou a dirigente.

Isabel Camarinha, também em declarações aos jornalistas, considerou «inaceitável» que o Governo persista em opções que não garantem os postos de trabalho e as remunerações dos trabalhadores na íntegra, como o lay-off «simplificado», que o Governo tenciona prolongar. Insistiu, por outro lado, na exigência de que sejam revertidos todos os despedimentos de trabalhadores com vínculos precários, observando que nesta vaga se viu o resultado de ter sido incluído no Código do Trabalho um período experimental de 180 dias.

 



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