Péssimo sinal
Jerónimo de Sousa enunciava aquelas que são, na perspectiva do PCP, as principais linhas definidoras do caminho necessário para responder aos problemas nacionais e assegurar simultaneamente um País soberano mais justo e mais desenvolvido.
De entre esse elenco múltiplo de factores, que estruturam no fundamental a política patriótica e de esquerda pela qual se bate o PCP, está a valorização das pensões de reforma e o reforço e alargamento dos apoios sociais.
A ambas as aéras se referiu, pois, com particular ênfase, Jerónimo de Sousa, sabida que é também a importância que o PCP lhes confere. Mas o líder comunista não se ficou por aí e acabou a tecer uma dura crítica ao PS - «cambalhota», assim lhe chamou – pelo recuo que este fez relativamente à sua própria proposta de consagração do subsídio de penosidade e risco.
«As palavras sobre a importância dos trabalhadores dos serviços essenciais soçobram à primeira face aos critérios do Ministério das Finanças», lamentou o Secretário-geral do PCP, vendo nisto um «péssimo sinal dado pelo PS», com contornos ainda mais graves e preocupantes pelo que nos diz sobre «critérios e prioridades no tempo dos muitos milhões que agora se anunciam».