Novo Banco tem de vir para a esfera pública

O PCP considera que a não entrega da auditoria ao Novo Banco no prazo previsto «não é um bom sinal» e sublinha que «é fundamental o apuramento global da política de gestão dos activos». Em conferência de imprensa de reacção ao anúncio, pelo Governo, da não conclusão atempada da auditoria, Jorge Pires, da Comissão Política do Comité Central do PCP, exigiu também esclarecimentos sobre as razões do atraso

Quanto à suspensão de outras operações de venda da carteira de activos por parte da instituição bancária, igualmente anunciada pelo executivo liderado por António Costa, o Partido lamenta «que só agora o Governo tenha tomado esta medida», uma vez que, sustentou Jorge Pires, «tal como o PCP vem chamando à atenção desde 2018», existiam já indícios «muito fortes de que poderia haver problemas na gestão».

Aliás, prosseguiu o dirigente comunista, não é aceitável que se tenha permitido «que o Novo Banco fosse gerindo os activos da forma como tem vindo a público», o que, realçou ainda, «a ser verdade, é gravíssimo».

O membro da Comissão Política aproveitou ainda a ocasião para recordar que este caso vem dar razão ao PCP, para quem a situação do Novo Banco «só se resolve inserindo o banco na esfera pública, através de um processo de nacionalização».

Recorde-se que o Novo Banco, que ficou com a actividade bancária do BES após a resolução da instituição, decidida, em 2014, pelo então Governo PSD/CDS, foi vendido, em 2017, pelo Governo do PS, ao fundo norte-americano Lone Star.

Entretanto, na sequência do escândalo da alegada venda de imóveis, pelo Novo Banco, abaixo do valor de mercado a uma entidade com sede num paraíso fiscal, operação que levanta suspeitas de que o principal accionista pode estar a «desnatar» a instituição, o primeiro-ministro terá também solicitado à Procuradoria-geral da República que avance com os procedimentos cautelares adequados.



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