Insolvência da Azincon é inaceitável

O PCP apela aos trabalhadores da Azincon para que «se organizem e lutem pelos seus postos de trabalho», seriamente ameaçados pelo pedido de insolvência feito pela administração. Em causa estão 150 postos de trabalho.

Num comunicado de 20 de Agosto, a Comissão Concelhia de Vila do Conde do PCP considera «inaceitável» que uma empresa com enorme potencial de produção e viável «tenha o descaramento de encerrar». As deputadas comunistas eleitas pelo círculo eleitoral do Porto, Diana Ferreira e Ana Mesquita, já questionaram o Governo acerca desta situação.

O pedido de insolvência agora feito segue-se a um mês e meio de lay-off simplificado (entre Março e Abril) e a férias forçadas, terminadas a 17 deste mês: na semana anterior, os trabalhadores, na maioria mulheres, começaram a receber cartas de despedimento, sendo apenas aí que tomaram conhecimento da declaração de insolvência. Entretanto, ficaram por liquidar os salários de Julho e Agosto e as respectivas indemnizações, não tendo sequer sido entregues até ao momento os documentos necessários para que os trabalhadores possam ter acesso ao subsídio de desemprego.

O PCP denuncia ainda que a empresa procurou livrar-se de material e máquinas nos meses anteriores ao encerramento e, no final de Julho, enquanto as trabalhadoras gozavam férias, foram mesmo vistos camiões junto da empresa. «Fica a dúvida se estariam a retirar máquinas, matérias primas e mercadorias, transferindo para outros locais e lesando assim a empresa no seu património, bem como aos trabalhadores», acrescenta.

Para a Comissão Concelhia do Partido, é ainda lamentável que a Azincon «procure afastar-se de culpas, tendo recorrido ao lay-off e recebido apoios para depois encerrar, desculpando-se ainda que não tinha como fazer turnos desfasados que permitissem o afastamento físico». Acresce a isto o facto de ter procurado responsabilizar as trabalhadoras pela situação, nomeadamente as que gozaram do direito legal à assistência a filho menor de 12 anos, no momento em que as escolas se encontravam encerradas.



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