O Pavilhão da Mulher abordou a importância que o PCP atribuiu ao papel das comunistas na vida partidária e ao valor da luta das mulheres contra a exploração, desigualdades, a discriminação e a violência, em defesa da paz. «Capitalismo não defende os direitos das mulheres que explora, oprime e violenta» e «Viva a luta emancipadora das mulheres» foram algumas mensagens plasmadas nas paredes do stand.
«A prostituição não é opção, é exploração e violência» foi o tema de um dos debates, onde se deu conta do aumento da prostituição (de mulheres, homens e crianças), em Portugal e no mundo, bem como de outras formas de exploração pelo proxenetismo. Denunciou-se, também, a nova tentativa de legalização da prostituição no nosso País, o que legitimaria a exploração, a opressão e a violência.
Noutro momento falou-se sobre os «Direitos das mulheres na lei e na vida», que, com a pandemia, foram uma vez mais atacados. O aumento do desemprego, os contratos não renovados, as férias forçadas, o lay-off, a redução de horários e de salários, são disso exemplo. Também o recurso ao teletrabalho, em demasiadas situações, agrava a exploração.
Os espaços da Emigração e da Imigração estavam perto um do outro, por baixo da esplanada da Quinta. No pavilhão que representa aqueles que procuraram um futuro melhor, lia-se, em diversas línguas, a frase «Bem-vindo emigrante». A «ementa» repartia-se entre os sabores do mundo e as propostas do PCP para melhorar a vida da diáspora portuguesa, através, por exemplo, do alargamento de acordos e convenções bilaterais entre Portugal e os países de residência para garantir o cumprimento de direitos sociais e laborais – equiparação salarial, reformas, fim da dupla tributação.
Na Imigração, além da tradicional cachupa e dos pastéis de milho, o destaque foi para o debate «Combater o racismo um desígnio constitucional». Exigiu-se o cumprimento da Constituição da República Portuguesa; a valorização e dignificação do trabalho e de todos os trabalhadores; condições dignas de habitação; direito à segurança dos cidadãos e ao acesso à justiça, entre outras matérias. Como se salientou, o racismo combate-se fazendo pedagogia pelo direito à igualdade e ao respeito pela diferença, apoiando a inserção dos imigrantes na sociedade portuguesa e elevando a sua consciência de classe e a compreensão de que o seu inimigo principal é o capitalismo. Foi o que aconteceu nos principais palcos. Durante os intervalos dos espectáculos ouviram-se músicas relacionadas com o combate ao racismo.