Setúbal

Descontaminar o Vale da Rosa

O PCP exige que o Governo esclareça, de forma pública e inequívoca, se os resíduos depositados no Vale da Rosa chegaram a ser utilizados na construção civil, como previa a empresa que ali os deixou; qual a quantidade de inertes efectivamente existente; que medidas estão a ser implementadas no imediato para conter este foco de poluição e proteger os solos e águas de continuarem a ser contaminados, e para quando está previsto o envio para destino final adequado destes resíduos e a resolução do passivo ambiental criado naquele território.

Em nota de imprensa, o secretariado da Comissão Concelhia de Setúbal do Partido explica que, «na sequência de notícias sobre a existência de mais de 30 mil toneladas de resíduos, na zona do Vale da Rosa, em Setúbal, perto da pista de atletismo, o Ministério do Ambiente e Acção Climática assumiu que não conhecia a [sua] existência».

«Foi igualmente noticiado que o Município de Setúbal identificou o proprietário do terreno como sendo o Millennium BCP e que rejeitava a hipótese desses resíduos estarem ainda ligados às escórias de alumínio da Metalimex, ao contrário do afirmado pela associação ambientalista Zero».

Ora, «as autoridades ambientais procederam, em 17 de Junho, a recolhas de amostras no local, com vista a determinar a origem, natureza e possível perigosidade dos resíduos depositados, de modo a classificá-los». Mais recentemente, a CCDR de Lisboa e Vale do Tejo confirmou que «os resíduos tiveram origem na empresa “Eurominas Electro-Metalurgia, SA”», que «os resultados das análises indicam a presença de arsénio, um químico altamente tóxico e potencialmente cancerígeno», e que «a massa de resíduos existentes não é de 30 mil toneladas, como inicialmente calculado, mas de 80 mil».

«A confirmação da presença de níveis de arsénio no solo e na água acima dos valores limite é alarmante e assume particular gravidade face à proximidade deste depósito com o rio Sado e com propriedades agrícolas, constituindo um problema ambiental e de saúde pública que não pode ser ignorado e exige medidas imediatas», insistem, por isso, os comunistas sadinos.




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