Voz solidária no Parlamento Europeu
A deputada do PCP no Parlamento Europeu, Sandra Pereira, questionou recentemente a Comissão Europeia acerca do posicionamento que esta assumirá face às eleições legislativas venezuelanas do próximo dia 6: «a UE vai respeitar a escolha democrática dos venezuelanos ou vai continuar subordinada à política dos EUA contra a Venezuela e o povo venezuelano?»
Realçando a «diversidade política» presente no acto eleitoral, a deputada comunista sublinha ainda que estas eleições representam uma «saída possível, democrática, constitucional e pacífica para a crise política e institucional aberta pela auto-proclamação, em Janeiro de 2019, de Juan Guaidó como dito “presidente interino”», bem como pelas «sucessivas tentativas de golpe de Estado e apelos à invasão militar da Venezuela que este protagonizou».
A decisão da União Europeia de não enviar observadores para acompanhar o desenrolar da votação, declinando assim o convite das legítimas autoridades do país sul-americano, suscitou outra pergunta por parte da deputada do PCP: «os motivos para o não envio de observadores por parte da UE prendem-se com a política de bloqueio económico, financeiro e diplomático imposto pela Administração dos Estados Unidos da América contra a Venezuela e o povo venezuelano?»
Sandra Pereira perguntou, noutra ocasião, se a Comissão Europeia tomará alguma posição pública sobre a violação, por parte das forças de ocupação marroquinas, do cessar-fogo com a República Árabe Sarauí Democrática, negociado em 1991 sob a égide da ONU. A deputada comunista pretende ainda saber se serão tomadas «todas as medidas para alcançar uma solução justa para o conflito, que passa necessariamente pelo respeito ao efectivo e imediato cumprimento à autodeterminação do povo sarauí, inclusivamente pelo respeito da sua soberania sobre os seus recursos naturais».
A parlamentar do PCP pretende ainda saber que diligências pode a Comissão Europeia tomar «para que se efective o mandato da MINURSO, ou seja, para que um referendo relativamente à autodeterminação e independência do Saara Ocidental seja realizado».