Greves na Carris

Os trabalhadores da Carris realizam hoje a segunda paralisação, da série de greves iniciada anteontem e que deverá manter-se, todas as terças e quintas-feiras, em horários sempre diferentes, até dia 11 de Dezembro.
A luta foi convocada «contra a pseudo-reestruturação que a administração e o Governo estão a implementar» na empresa, como refere um comunicado da Festru/CGTP-IN. A federação sindical do sector denuncia, como objectivos fundamentais da dita reestruturação, o despedimento de trabalhadores, sob a capa de rescisões por mútuo acordo (a administração aponta para uma redução de 1200 postos de trabalho até 2005), a flexibilização dos horários de trabalho, uma ofensiva generalizada contra direitos conquistados e a alienação de património da empresa. Desta forma, é posto em causa pelos responsáveis da Carris e do Governo «o direito ao transporte, em qualidade e quantidade, de todos os que vivem e trabalham em Lisboa», acusa a Festru, uma vez que a reestruturação proposta à tutela prevê o aumento das tarifas e reduções de carreiras e autocarros.
A célula do PCP na Carris, apelando à participação na greve e na manifestação convocada pela CGTP para sábado, indica como objectivo da administração e do Governo avançar com a privatização da transportadora, no todo ou em partes, usando o pretexto e a cobertura de uma «municipalização».

Revisores

Estiveram em greve anteontem, mais uma vez, os trabalhadores da revisão da CP, das linhas suburbanas da Grande Lisboa, que exigem medidas concretas para assegurar mais segurança nos comboios.
Durante a greve, teve lugar um plenário no Rossio e, de seguida, uma delegação deslocou-se ao Ministério dos Transportes, ao Ministério da Administração Interna e ao conselho de gerência da CP, para entregar uma resolução que valoriza as acções de protesto realizadas (obrigaram os responsáveis a encarar os problemas de segurança como reais) e critica «medidas insuficientes e pouco explicadas».


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